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* Marido acusa UPA de negligência após tatuadora de 22 anos morrer após chegar passando mal e ser liberada.

 ACidadeOn - A tatuadora Ester Lara, que morreu aos 22 anos, foi homenageada por amigos e familiares, na noite desta terça-feira (4), no Parque Infantil, no Centro de Araraquara. Ela estava em Brasília,

quando passou mal e morreu, no último sábado (1º).
 
"Sei que ela merecia muito mais, porém, foi a força que consegui juntar dos cacos que sobraram, fiz por ela e pelos amigos que não tiveram a chance de se despedir. A Ester sempre foi muito querida por todos. Como o nome diz: estrela”, disse o marido, Roger André Gonçalves, que também é tatuador.
 
A homenagem foi marcada pela música Pais e Filhos, da banda Legião Urbana, que foi cantada em frente a uma foto da tatuadora. Na sequência, foram soltos balões brancos e terminou com uma salva de palmas.
 
Roger e Ester estavam juntos desde 2015. O casal se dividia entre Araraquara e outro estúdio que mantinham em Brasília.
 
Eles estavam na capital federal, quando Ester passou mal na última quarta-feira, dia 29 de março. O tatuador contou que a esposa procurou por atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Núcleo dos Bandeirantes com febre, dor de garganta e no peito, mas foi liberada após ser medicada e sem realizar nenhum exame.

No dia seguinte, a mulher voltou a passar mal e somente após ser transferida para um hospital particular constataram um comprometimento dos pulmões.
 
"Na quarta chegamos à UPA às 22h e saímos de lá às 4h da manhã. No dia seguinte, brigas para atender até que disseram que ela não tinha nada. À noite, ela passou mal, corri e fizeram maior descaso dela. Depois de toda a correria, consegui a transferência para um hospital particular. Ela só teve atendimento depois que foi pra um hospital particular, mas já era tarde", completou.
 
Ester não resistiu e morreu. Para o marido, houve negligência, e ele deve entrar na Justiça.
 
"Sair com ela de Araraquara rumo a Brasília, dando risadas, parando em postos para comer pão de queijo e voltar para Minas Gerais, atrás de um carro funerário, vendo ela dentro de um caixão, é uma dor inexplicável”, afirmou. “Família e amigos são as únicas coisa que me mantém vivo. Não aceito, ainda não caiu a ficha", concluiu.
 
Procurada para comentar o assunto, a secretaria de Saúde do Distrito Federal ainda não se manifestou.
Vítima.
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