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* Filho de ex-governadora é preso em avião que sobrevoava Terra Yanomami.

A Polícia Federal prendeu nessa terça-feira (11) o piloto e empresário Guilherme Campos, filho da ex-governadora Suely Campos, quando ele sobrevoava o espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami, uma zona proibida pela Força Aérea Brasileira (FAB). A Justiça Federal, no entanto, concedeu liberdade ao piloto após o pagamento de uma fiança de R$ 50 mil.

espaço aéreo foi fechado na última quinta-feira (6) para impedir a entrada de invasores na Terra Indígena. Com a medida, as aeronaves que descumprem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea, estão sujeitas às Medidas de Proteção do Espaço Aéreo (MPEA).

Ao g1, a defesa afirmou que a prisão foi "ilegal e desnecessária" e negou envolvimento de Campos com garimpo ilegal.

"Tanto assim que Guilherme foi posto em liberdade, exatamente porque não possui qualquer envolvimento com garimpo ilegal tampouco interesse em invadir espaço aéreo ou terrestre de área indígena", completou.

Durante a fiscalização do espaço aéreo, foi constatado que a aeronave não possuía plano de voo e não tinha autorização para voar na área vermelha, onde apenas aviões militares e estatais podem sobrevoar. Além disso, ele pousou em uma pista não registrada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Na audiência de custódia, a defesa alegou que Campos se deslocava para a propriedade rural dele, mas houve um possível erro na condução da aeronave e por isso sobrevoou a área proibida, sem a intenção de entrar na Terra Yanomami.

A esposa do empresário Lissandra Lima informou à reportagem que ele teria ido ao local para vacinar o gado quando foi surpreendido pela Polícia Federal.

"Vamos sempre a essa fazenda e o Guilherme vai regularmente pelo menos 3 vezes por semana. Nossa pista de pouso já tem inclusive o parecer favorável da homologação pela Anac", explicou.

A liberdade provisória foi concedida pela juíza federal Flávia de Macêdo Nolasco. Na decisão, ela menciona que é cedo para afirmar se Guilherme atuava na "realização de garimpo ilegal em terras indígenas, aliado a outras condutas criminosas, em desfavor do povo tradicional Yanomami".

"Nesse momento, considero que as restrições de locomoção ao flagranteado se demonstram exageradas, tendo em vista a maior necessidade de esclarecimentos quanto aos motivos, forma e tempo de sobrevoo em área proibida", decidiu.

Ele teve a liberdade provisória concedida mediante o cumprimento de medidas cautelares. São elas:


  • comprimento bimestral em juízo para informar e justificar suas atividades;
  • proibição de se aproximar da Terra Indígena Yanomami;
  • monitoramento eletrônico, com área de inclusão restrita ao município de Boa Vista;
  • proibição de se ausentar da cidade de Boa Vista sem autorização judicial;

Guilherme Campos já foi preso em 2018 em uma operação da Polícia Federal que investigava um desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima em contratos fraudulentos. À época, a mãe dele, Suely Campos, era governadora do estado.

A Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) controla "todos os tipos de tráfego aéreo suspeito ilícito". A zona é composta por uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha).


No último caso, somente as aeronaves envolvidas na Operação Escudo Yanomami 2023 serão autorizadas. A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro e desde então órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.


Desde o dia 6 de fevereiro deste ano, agentes da Força Nacional, Ibama, Fundação Nacional dos Povos indígenas (Funai), Ministério da Defesa e Polícia Federa atuam na Terra Yanomami contra garimpeiros ilegais.


A fiscalização ocorre para retomar o controle da região, com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.


A Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) controla "todos os tipos de tráfego aéreo suspeito ilícito". A zona é composta por uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha).

 

No último caso, somente as aeronaves envolvidas na Operação Escudo Yanomami 2023 serão autorizadas. A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro e desde então órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.

 

Desde o dia 6 de fevereiro deste ano, agentes da Força Nacional, Ibama, Fundação Nacional dos Povos indígenas (Funai), Ministério da Defesa e Polícia Federa atuam na Terra Yanomami contra garimpeiros ilegais.

 

A fiscalização ocorre para retomar o controle da região, com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.

Nossa.

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