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* Ex de brasileiro que deu soco em surfista norte-americana diz que também foi agredida por ele: 'Fui parar no hospital'.

 As notícias sobre o soco que o surfista brasileiro João Paulo Azevedo deu na também surfista Sara Taylor na Indonésia mexeram com Carolina Braga. Ela fez uma publicação em uma rede social na tarde desta quinta-feira (6) relatando que já namorou o atleta e parou no hospital após ser agredida por ele. A violência pôs fim ao relacionamento.

"Acordei hoje de manhã com essas notícias, me senti abalada, me aflorou lembrar de tudo o que aconteceu. Conversei com a minha filha em casa. Senti vontade de escrever sobre isso, de desabafar, relembrando o que eu passei", disse Carolina em entrevista ao g1 SC.


O g1 entrou em contato com Azevedo e não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

O relato que ela publicou na rede social abrange a agressão e a recuperação.

"Eu namorei o JP Azevedo em 2018 e 2019. Terminamos quando ele me agrediu fortemente. Fui parar em um hospital com traumatismo craniano. Fiquei com tanta vergonha de tudo e principalmente da minha filha que tanto amo. Enfim, acabei me isolando por quase 3 meses em uma pousada no Rio, até saírem as marcas físicas. Mas as do coração… essas ainda duram. Muito difícil tudo isso", relatou.

"Resolvi escrever e publiquei, mas não sabia que ia dar repercussão", disse Carolina. Segundo ela, a maioria das mensagens, fora duas exceções, foram positivas.

Sobre a agressão, Carolina disse que procurou a polícia na época e conseguiu uma medida protetiva. Relatou também que Azevedo chegou a ficar preso por cerca de duas semanas. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e o Poder Judiciário para conseguir mais informações sobre o caso e não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

"Eu me senti até segura com a Maria da Penha. Deram-me medida protetiva", resumiu sobre o trabalho policial.


Segundo ela, Azevedo não a procurou depois de sair da prisão. Ela foi agredida nas costas e na cabeça.


Na época, ela morava em Imbituba, no Sul de Santa Catarina. Atualmente, aos 41 anos, está em Garopaba, cidade vizinha.

Sobre o caso da Indonésia, ela deseja "força para ela".

Para outras mulheres que sofram algum tipo de agressão dos companheiros, ela afirmou que as vítimas não devem sentir vergonha.

“A gente tem que ser forte para conseguir ir atrás, para conseguir sair de uma relação dessas. Sei que no momento às vezes é muito difícil. As pessoas em geral não gostam de se expor, sentem vergonha. Saibam que não precisa sentir vergonha”.


Gravíssimo.

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