A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, afirmou que o banco entrará com ação na Justiça contra Pedro Guimarães, ex-presidente da instituição, para pedir o ressarcimento de valores que o banco vai ter que pagar em função do acordo com a Justiça do Trabalho em processo envolvendo as denúncias contra Guimarães de abuso sexual.
A Justiça do Trabalhou informou nesta quinta-feira, 27, que homologou um acordo em que a Caixa se compromete a pagar R$ 10 milhões de dano moral coletivo devido a práticas de assédio moral e sexual dentro da empresa. Com essa decisão, o processo contra o banco será encerrado, mas a ação que envolve diretamente Guimarães continuará em sigilo.
O valor será revertido “a instituições sem fins lucrativos voltados para a proteção dos direitos transindividuais dos trabalhadores ou de cunho social, cuja atividade seja de notório interesse público”. A Caixa tem 30 dias para depositar o montante em conta judicial.
“A Caixa foi comunicada do acordo e irá cumprir a determinação da Justiça do Trabalho. Mas a Caixa vai entrar com ação de ressarcimento desses valores contra o ex-presidente da Caixa, porque obviamente a responsabilidade dessa situação foi causada por ele, e nada mais justo ele ressarcir a Caixa pelas multas que [o banco] está pagando por conta dessas ações de assédio comprovadas pela Justiça do Trabalho”, disse a presidente, após evento que marcou os 100 dias de sua gestão.
Durante o evento, Serrano anunciou que a Caixa vai emitir este ano 8 milhões de cartões de débito para beneficiários de programas sociais do governo federal.
Segundo Serrano, foi identificado que, dos 21 milhões de beneficiários do Bolsa Família, 7,6 milhões ainda não tinham o cartão de débito. “Isso também é outra questão para nós, a inclusão bancária, a dignidade bancária, para [beneficiários] possam mover seus recursos livremente.” Estadão.
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