Operações policiais realizadas na noite de segunda-feira (27) resultaram em troca de tiros entre agentes de segurança e criminosos em Natal e cidades da região metropolitana. Pelo menos um suspeito morreu e houve prisões.
Cerca de 20 viaturas da Força Nacional foram deslocadas para o bairro Mãe Luiza, na Zona Leste de Natal. Policiais da base do bairro ouviram uma explosão e acionaram o reforço, mas o local da explosão não foi identificado.
Na Vila de Ponta Negra, na Zona Sul da capital, a Polícia Militar informou que um homem foi baleado após atirar contra policiais. Durante o confronto, o suspeito foi atingido e encaminhado para o Hospital Walfredo Gurgel, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no pronto-socorro.
No bairro, policiais militares ainda apreenderam uma arma de fogo, dois coquetéis molotov, porções de drogas e munições.
Já em Parnamirim, na Grande Natal, uma viatura da PM também foi alvo de criminosos. Um grupo de 10 pessoas estava soltando fogos de artifício por volta das 18h, no bairro Vida Nova. Os suspeitos perceberam a chegada da polícia e atiraram contra a equipe. No revide, um suspeito foi atingido. Os outros nove conseguiram fugir do local. Uma arma de fogo, um carregador de pistola, dois celulares e três motos foram apreendidos no local.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) também deflagrou uma operação entre a noite da segunda-feira (27) e a madrugada desta terça-feira (28), nas zonas Sul e Oeste de Natal, que resultou na prisão de cinco detentos do regime semiaberto monitorados com uso de tornozeleiras eletrônicas.
Quatro descumpriram as regras do monitoramento e um era foragido da Justiça, com mandado de prisão em aberto. Em 11 viaturas, os policiais penais foram aos bairros Planalto, Felipe Camarão, Guarapes e Vila de Ponta Negra, averiguando a situação dos apenados do semiaberto.
No bairro do Planalto, três monitorados que estavam violando as medidas impostas pela decisão judicial foram recolhidos. Segundo sentença da 1ª Vara das Execuções Penais, eles deveriam estar recolhidos ao domicílio às 20 horas. Nas ruas, acabaram presos.
Eles foram levados para a carceragem do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, onde ficarão à disposição da Justiça.
Em Felipe Camarão, além de um tornozelado detido por violar as regras do monitoramento, um outro acabou flagrado com mandado de prisão em aberto, sendo considerado foragido da Justiça. Nos demais bairros alvos da fiscalização não foram detectadas violações.
Ataques
A Força Nacional está no Rio Grande do Norte desde o início da segunda quinzena de março devido a uma onda de ataques com tiros e incêndios criminosos contra prédios públicos, comércios, veículos, dentre outros equipamentos, iniciada na madrugada do dia 14 de março.
Segundo a polícia, as ações criminosas foram orquestradas por uma facção criminosa que, em troca da suspensão dos ataques, queria a implementação de visitas íntimas, instalações elétricas e televisões nas celas dos presídios estaduais.
Durante os ataques, um policial penal e um comerciante foram mortos a tiros. Somente um proprietários de ônibus de turismo teve prejuízo de mais de R$ 500 mil. Em São Gonçalo do Amarante, um incêndio criminoso em um prédio do município causou prejuízo de R$ 10 milhões em medicamentos perdidos.
Segundo o governo do estado, entre o dia 14 e o dia 24 de março foram registrados pelo menos 307 ataques criminosos. Pela primeira vez, os órgãos de segurança pública não registraram nenhum ataque no último sábado (25).
Pelo menos 10 pessoas apontadas como chefes de facção foram transferidas de uma prisão estadual para presídios federais. G1/RN.
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