A Perícia Criminal concluiu a análise da explosão que destruiu dois restaurantes na Zona Leste de Teresina, em dezembro de 2022. Segundo o laudo, um gato que caminhava pela cozinha do restaurante durante a madrugada pode ter causado, acidentalmente, o vazamento de gás.
"Estava presente no local
[cozinha do restaurante] um animal doméstico de estimação, um gato, que
transitava pela cozinha em vários pontos e em horário compatível com o momento
em que o vigilante sente o vazamento de gás [...] O felino que possuía porte e
tamanho compatível para um possível acionamento acidental de equipamento ou em
outro caso até mesmo retirada de mangueira de acoplamento", diz o laudo
pericial.
Segundo a investigação, um vigilante do restaurante sentiu um
forte cheiro de gás na cozinha do restaurante por volta da 3h24. O gás teria
vazado por pelo menos 3 horas, até que às 6h25, um auxiliar de manutenção que
havia dormido dentro do restaurante chega e também percebe o cheiro do gás.
O auxiliar então
acionou um exaustor presente na cozinha, na tentativa de dissipar o gás que
estava confinado. Entretanto, o interruptor do exaustor causou uma faísca, que
foi o 'gatilho' para a explosão.
O auxiliar de manutenção sofreu queimaduras e ficou desacordado
após a explosão. Momentos depois, ele acordou e
buscou socorro no estacionamento do restaurante, onde já estava uma ambulância.
Laudo aponta outras hipóteses
O estudo levanta ainda outras duas hipóteses
para o início do vazamento do gás: problemas com equipamentos de rede de gás do
restaurante.
Uma delas é que uma falha em um
regulador de pressão da rede de gás causou uma pressão muito alta, forçando o
surgimento de vazamentos. Contudo, não foi possível realizar testes no
regulador, porque ele não foi entregue aos peritos.
"[O regulador] estava instalado
na central de gás e que seria necessário para ser removida a utilização de
ferramentas específicas e técnico especializado para evitar novo vazamento e/ou
defeito no equipamento, ficando acordado de após a sua retirada fosse
encaminhado para o Instituto de Criminalística, fato que foi enviado por duas
vezes, mas constatado que não seria o regulador original que estava na casa de
gás no dia do fato", explicam os peritos. g1
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