Ao menos 13 pessoas morreram nesta quinta-feira durante uma operação das polícias civis do Rio e do Pará e da Polícia Militar do Rio no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Outras duas pessoas foram presas. A região teve uma intensa troca de tiros que, segundo a Polícia Civil, começou após as equipes serem atacadas pelos criminosos. Outras pessoas também teriam ficado feridas, entre elas duas moradoras do local.
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão. Um dos alvos da ação, que acabou ferido e morto, é Leonardo Costa Araújo, o Leo 41, traficante apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará.
As armas apreendidas:
Cinco AR15
Duas HK 762
Uma pistola Glock 45
Uma AK 47
Quatro AR15
Leo 41 estava foragido desde 2019. Ele é apontado pela polícia como um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram mais de 40 agentes de segurança pública no estado do Pará nos últimos dois anos. O traficante, segundo as investigações, assumiu o comando da facção no estado no norte do país após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.
Duas mulheres ficaram feriadas durante a operação: Sonia Maia da Silva Brotto, de 62 anos, e Roseni Paulino Dias de Aguiar, de 53. Não há, até o momento, informação sobre o estado de saúde dos feridos. Também não foi confirmada a identidade dos mortos.
Outros criminosos do Comando Vermelho que estariam envolvidos em conflitos na Zona Oeste do Rio também são alvos da operação nesta quinta-feira.
Os policiais contam com apoio de cinco blindados e dois helicópteros. Oitenta homens da Subsecretaria de Inteligência (RJ); do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar; da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil; e policiais do Pará participam da ação.
Segundo a polícia, ao assumir o comando da facção, Leo 41 tentava expandir o poder do grupo no Grande Rio, com a compra de armas e munições. O grupo criminoso enriquece através de tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais de seus integrantes.
Os criminosos saíram do Pará e se esconderam em comunidades do Rio que estão sob o domínio da facção. Segundo a Polícia Civil, a localização deles se deu a partir da troca de informações entre as equipes de investigação dos dois estados.
"Confiamos nas nossas polícias, que operam num cenário mais desafiador do que qualquer capital do mundo. Parabéns ao Bope e à Core, não vamos admitir que o Rio seja usado como esconderijo de bandidos de outros estados!", escreveu o governador Claudio Castro nas redes sociais.
Assalto ao Village Mall
Os criminosos também têm ligação com o roubo realizado a uma joalheria no shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu em junho do ano passado. Na ocasião, atendentes e clientes foram feitos refém e um segurança da loja foi baleado e morto no local.
Quem também participou do assalto à joalheria da Barra da Tijuca foi Rodolfo Nascimento Silva, o Mão, apontado como um dos chefes do tráfico no Pará. Ele teve a prisão decretada pela Justiça do Rio no dia 30 de junho do ano passado, por participação no latrocínio (roubo seguido de morte). Mão já havia sido reconhecido também como um dos bandidos que atuou no roubo a outra filial da Sara Joias, em Ipanema, em 2019.
Governador do Pará parabeniza ação
Após a deflagração da operação, o governador do Pará Helder Barbalho (MDB) parabenizou e agradeceu a Polícia Civil pela operação. Nas redes, ele ainda afirmou que a polícia paraense também realiza uma ação no estado que tem como alvo integrantes de facções criminosas do estado do Pará.
" Leonardo Araújo, conhecido como “L41” , foragido da justiça, morreu em confronto com os agentes de segurança. Ele era a principal liderança da maior organização criminosa que atua no Pará e ordenou diversos ataques também no RJ. A operação segue em andamento e também estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão", escreveu Barbalho.
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