Prefeito Eraldo Paiva, manda um “alô” aos estudantes do município através das redes sociais na intenção de anunciar uma nova data para início das aulas, enquanto isso, a comunidade estudantil sofre com falta de professores titulares e auxiliares, merenda, fardamento escolar, material de expediente e até o repasse do reajuste salarial dos professores ainda não foi atendido. São Gonçalo disparou com a negligência do ensino, revelando grave crise no sistema.
UM POUCO DO CONTEXTO DA CRISE DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO
O prefeito, que foi vice-prefeito por quase dois mandatos da atual gestão, ainda se recusa em atender o Sinte/RN Núcleo de São Gonçalo do Amarante, que tenta há meses, uma audiência com Paiva para negociar o repasse do reajuste salarial do piso da categoria. Ontem (27) estava marcada mais uma reunião, ele preferiu passear pelas obras de pavimentação da cidade como menino que brinca de barro na rua sem hora pra voltar pra casa. Em decorrência disso, mais uma audiência com os professores foi remarcada para AMANHÃ, somente AMANHÃ, dia 1 de março, mesma data em que ele mesmo anuncia “o início das aulas” nas redes sociais.
É de conhecimento da população que os professores ameaçam fazer uso do direito de greve, uma vez que não são se quer atendidos por Eraldo. Essa recusa vem prejudicando ainda mais o desenvolvimento educacional de milhares de crianças e adolescentes que deveriam estar cumprindo horário normal desde o dia 13 de fevereiro, conforme mostrou publicação no JOM. O início e normalização do calendário escolar ainda é incerto, devido a ingratidão de Eraldo Paiva.
HOLOFOTES PARA ALGUNS, PARA OUTROS NEGAÇÃO DE DIREITOS
Apenas duas escolas tidas como modelo e em horário integral, em todo município, dispõe de professores especialistas para o ensino de educação física, ensino religioso e artes no ensino fundamental I. Com isso, o direito definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) esse garantido pelo documento da Base Nacional Comum Curricular que é uma referência normativa que dita os currículos escolares e propostas pedagógicas para o ensino básico de todo Brasil, não é atendido para as demais crianças e adolescentes que estão em escolas tidas como regulares. Àquelas escolas modelos são usadas como cenário nas propagandas de Paiva na intenção de “vender” uma suposta educação que funciona e como um padrão de ensino aos estudantes sãogonçalenses, o que nunca foi uma realidade de fato e de direito. “É tudo uma falsa propaganda. O que impede o início das aulas na rede pública de São Gonçalo? Por que não se garante isonomia na oferta do ensino? Por que economizar tanto neste setor primordial? Cadê a contratação dos professores classificados no último concurso, cadê?” questionam os pais.
Um dos pais procurou a equipe técnica da SME sobre assuntos pedagógicos do aluno onde questionou à equipe o porque que a secretaria adota a cada quinze dias faz uma espécie de planejamento dos professores polivalentes, deixando as crianças de todo município sem aulas. Enquanto que é nesse momento que as crianças do fundamental I deveriam estar desenvolvendo projetos com os professores especialistas de artes, ensino religioso e educação física. E surpreendentemente, a resposta técnica foi de que essa demanda são supridas pelos professores polivalentes do quadro, o que contraria diretamente a LDB.
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