A poucos dias do início da nova legislatura do Congresso Nacional, a eleição para o comando do Senado ganhou contornos de terceiro turno. A disputa protagonizada pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – que tem o apoio do PT e do governo Lula -, e pelo ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) – aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro – reproduz a polarização que marcou a corrida presidencial de 2022, principalmente nas redes sociais.
O Estadão/Broadcast apurou que a candidatura de Pacheco acabou sendo favorecida pelos atos golpistas do dia 8. A invasão e depredação das sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou, entre os senadores, o apelo por segurança institucional e uma avaliação reticente sobre a postulação de Marinho. Representantes do bolsonarismo, dentro e fora do Senado, trabalham para levar a eleição para o segundo turno, cogitando apoiar até uma “terceira via”, que poderia ser representada por Eduardo Girão (Podemos-CE).
“Os atos golpistas do dia 8 fortaleceram a reeleição do presidente e enfraqueceram muito o nome de Rogério Marinho”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Do outro lado, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), eleita senadora pelo Distrito Federal, afirmou estar em campanha aberta por Marinho. “Não só vou votar, como vou pedir votos para ele.”
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