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* Operação prende 2 empresários bolsonaristas que fecharam BR e impediram até passagem de criança doente em RO.

Segundo PF, trio liderou grupos extremistas para fechar a principal rodovia que interliga os municípios do Cone Sul. Extremistas ameaçaram até servidores da educação que estavam impedidos no bloqueio. Operação Eleutéria prende empresários e motorista em Colorado e Cerejeiras, RO

Dois empresários bolsonaristas e um motorista de aplicativo foram presos, em Colorado do Oeste (RO) e Cerejeiras (RO), por associação criminosa, incêndio e constrangimento ilegal durante bloqueios feitos na BR-435.

As prisões aconteceram durante mais uma etapa da operação Eleutéria, iniciada na tarde de sexta-feira (30), entre uma ação conjunta entre a Polícia Federal, MP-RO, com apoio dos Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) e de Segurança Pública (GAESP) , Polícia Civil e Polícia Militar.

Segundo a PF, os comerciantes bolsonaristas e o motorista, contra o resultado das Eleições em outubro, lideraram grupos extremistas para fechar a principal rodovia que interliga os municípios do Cone Sul de Rondônia.

Durante os bloqueios ilegais, que duraram vários dias, os extremistas fizeram constrangimentos, ameaças e incêndios bem ao lado do CTG em Colorado.

A PF diz que a investigação constatou ainda que o trio chegou a fazer ameaças a servidores da educação que tentavam chegar na área urbana de Colorado do Oeste.

"Mesmo pessoas com crianças que dependiam de tratamento de saúde foram impedidas e constrangidas pelo grupo de manifestantes", apontou a polícia.

Os nomes dos três presos não foram divulgados e, de acordo com a PF, a operação vai seguir em andamento pois serão analisados materiais apreendidos na casa dos investigados. Além dos mandados de prisão, os policiais cumpriram três ordens de busca e apreensão.

Os dois empresários e o motorista de aplicativo devem responder, na medida de suas culpabilidades, por associação criminosa, constrangimento ilegal e incêndio, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de reclusão.

Primeira fase

Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), as investigações tiveram início em novembro deste ano, após comerciantes, caminhoneiros e autônomos informarem aos policiais que haviam sido constrangidos pelos líderes da manifestação, que são contrários ao resultado da eleição nacional.

Durante as investigações, a PF e o MP apuraram que o grupo:

Coagiam servidores públicos;

Impediam pessoas de trafegar ou obrigavam elas a aderir ao movimento;

Comércio foi obrigado a fechar como forma de apoio à manifestação;

Pessoas foram impedidas de abastecer seus veículos livremente;

Caminhões tanques foram impedidos de passar;

Quantidade de combustível foi limitado para os moradores

Além disso, o Ministério Público constatou que a população local foi "cerceada do acesso a bens de consumo essenciais, tais como alimentos, água, combustível e botijão de gás, estudantes tiveram prejudicado o seu acesso às escolas".

Conforme mostrou a investigação, alguns dos investigados possuíam licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, conhecido como CAC.

Na primeira fase da operação, realizada no dia 17 de dezembro, os policiais apreenderam nove armas, mais de 500 munições de diferentes calibres e 6 aparelhos telefônicos.

MP de Rondônia e Polícia Federal realizam operação conjunta para desarticular associação criminosa em Colorado do Oeste. g1

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