O filho de George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso Aeroporto Internacional de Brasília, afirmou ao UOL que a família era a contra a mudança à capital federal para participar de protestos contra o resultado das eleições.
“Quando o meu pai avisou que iria participar dessas manifestações, imaginamos que daria errado. Eu sabia que ia dar merda”, disse George Sousa Filho, 32, filho de homem preso por tentar acionar bomba do DF.
Empresário do ramo de gás no Pará, George Sousa alugou em novembro um apartamento no Sudoeste, bairro de classe média do Distrito Federal. Ele é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e frequentou o acampamento em frente ao quartel-general do Exército.
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A PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal) encontrou na tarde de ontem duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, cinco emulsões explosivas, munições e uniformes camuflados, no imóvel alugado pelo empresário.
Família não foi comunicada da prisão
Ao UOL, a esposa de George Sousa, Ana Claudia Leite de Queiroz, negou que tenha tomado conhecimento da detenção do marido.
Estou chocada. Isso não pode ter acontecido porque ele era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim, disse a esposa de homem que tentou acionar bomba no DF.
George Sousa será autuado por crime contra o Estado e porte e posse de arma de fogo. “Ele tinha registro de colecionador e todas as armas estão no nome dele. No entanto, não há autorização para transitar com essas armas livremente. A situação se agrava porque ele foi do Pará para Brasília sem guia de autorização de transporte”, disse a PC-DF ao UOL.
Polícia identificou outros envolvidos
Em depoimento, ele afirmou que havia planejado a ação no aeroporto a fim de chamar a atenção de outros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao UOL, o delegado-geral da PC-DF, Robson Candido, afirmou que a corporação deve começar a busca por novos envolvidos a partir de amanhã.
Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão”, afirmou o delegado-geral da PC-DF, Robson Candido
Segundo o delegado-geral da PC-DF, George Sousa usou emulsão de pedreira na tentativa de explosão. Esse tipo de produto é explosivo e usado por mineradoras em escavações.
“Vamos verificar a origem. Queremos saber se houve doação ilegal ou furto desse material, usado em pedreiras e garimpos ilegais. É de fácil de rastrearem, mas a checagem pode levar algumas semanas para ser finalizada”, disse. UOL
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