A Operação Eleutéria, conduzida pela Polícia Federal em Rondônia, prendeu, neste sábado (17/12), um policial militar da reserva e outras três pessoas por suspeita de envolvimento em atos antidemocráticos no estado. De acordo com a entidade, os quatro são acusados de “associação criminosa” pela organização de uma série de eventos criminosos por não aceitarem a vitória de Lula.
Além da prisão dos envolvidos, a PF ainda apreendeu nove armas, seis aparelhos eletrônicos e 300 munições de diferentes calibres. “Alguns dos envolvidos que possuíam licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) tiveram sua autorização suspensa e o respectivo armamento e munições foram recolhidos”, diz a PF.
Ainda de acordo com o órgão federal, o PM, os produtores rurais e empresários envolvidos no ato “coagiram cidadãos a aderiram aos protestos”. Entre os crimes cometidos, há relatos de que os organizadores das “manifestações” privaram a população rondoniense de acesso a bens de consumo essenciais.
A operação
A Operação Eleutéria — que leva esse nome em referência à deusa grega da Liberdade — teve início depois que caminhoneiros, autônomos e comerciantes relataram terem sido “constrangidos pelos líderes da manifestação realizada na cidade por pessoas inconformadas com o resultado da eleição”.
Em depoimento, algumas pessoas relataram que “foram obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação” e outras “não puderam abastecer seus veículos livremente” porque o “grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade” e limitou “a quantidade de combustível por pessoa”, diz a PF.
“Foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação”, concluiu a Polícia Federal.
Além dos abusos indicados pelos moradores, os manifestantes também coagiram um servidor que foi à manifestação averiguar possíveis irregularidades. Estudantes do estado também foram prejudicados com a interrupção do acesso à escola.
De acordo com a PF, os crimes de associação criminosa, constrangimento ilegal, coação no curso do processo, crimes contra a relação de consumo e contra a atuação do Ministério Público, somados, podem resultar em até 16 anos de reclusão. Metrópole
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