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* Pai se emociona ao voltar para casa após ser solto da cadeia e ler cartas dos filhos pedindo soltura de ‘presente de Natal': 'Muito amor'.

O comerciante Lucas Machado, de 34 anos, disse que se emocionou ao voltar para casa após ser solto por um juiz e saber que os filhos enviaram cartas ao magistrado pendido a soltura dele como um "presente de Natal". Um vídeo mostra o momento do reencontro.

"Estar em casa outra vez é bom demais. O que eu mais senti falta foi da minha família. Tenho muito amor. Fiquei feliz demais. Minha maior preocupação era passar o Natal com eles", desabafou o comerciante.

Lucas saiu do presídio dia 17 de dezembro após ficar cinco meses preso em Posse, no nordeste de Goiás. Ele explica que ficou detido porque um cliente fez uma compra na distribuidora de bebidas dele e fez um PIX agendado, mas ele não recebeu. Ele chegou a enviar uma mensagem dizendo que o dinheiro não entrou e pediu para ele acertar no comércio.


No meio do ano, esse cliente estava em casa e uma pessoa entrou e atirou nele. No processo, ele havia dito que Lucas seria o autor, mas na audiência com o juiz, o homem disse que não viu quem foi e não reconheceu o comerciante. Por isso, ele foi solto.


Lucas Machado tem quatro filhos: três meninas de 13, 7 e 4 anos, que escreveram as cartas para o juiz, e um menino de 2 anos.


"Ficar na cadeia não é fácil. Mas sabia que ia dar certo porque não fui eu que cometi o crime. Para mim, foi muito tempo preso, que quase não saio de casa. Nunca fiquei mais de uma semana longe da minha família", detalhou o comerciante.

Cartas

Ao g1, o juiz Denis Bonfim contou que havia dúvida se o homem teria, de fato, cometido uma tentativa de homicício.

"O que mantinha ele preso era a palavra da vítima que afirmou categorigaricamente que era ele, mas, na hora da audiência, disse que estava escuro", contou. “O sentimento que eu tenho é de dever cumprido, pois não condenei alguém com dúvida”, completou. Cabe recurso da decisão.

Advogado do comerciante, Leonardo Magalhães reiterou que, além das cartas, foi apresentado em tribunal testemunhas e uma defesa baseada no princípio da dúvida. As cartas foram entregues há mais de um mês, segundo ele.

"O juiz se sensibilizou com as cartas do pedido de soltura e de agradecimento, mas, a princípio, não concedeu a liberdade", afirmou. g1




Carta.

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