A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (2), 10 mandados de busca de apreensão e dois de prisão preventiva contra suspeitos de crimes contra administração pública, como peculato, fraude em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Um dos mandados de apreensão foi cumprido na residência de Yury do Paredão (PL), deputado federal eleito aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Polícia Federal, o crime ocorre em contratos
firmados pela Prefeitura de Ouricuri, em Pernambuco, com empresas prestadoras
de serviços sediadas nos estados do Pernambuco e Ceará. A PF não detalhou quais
as suspeitas contra o deputado federal eleito.
Por meio das redes sociais, Yuri do Paredão informou que
respondeu a todos os questionamentos feitos pela Polícia Federal na manhã desta
sexta-feira (2) e se colocou à disposição para esclarecer quaisquer outras
perguntas. "É meu dever cívico dirimir qualquer dúvida que exista por
parte das instituições. Sigo no meu dia a dia com as minhas atividades e ciente
de que transparência e prestação de contas são premissas fundamentais do homem
público", disse.
De acordo com a
Polícia Federal, nove mandados de buscas e apreensão e dois de prisão
preventiva acontecem em Juazeiro do Norte, cidade natal e berço político de
Yury do Paredão. Em Fortaleza acontece um mandado de busca e apreensão. Alvos
são empresários, servidores e ex-servidores públicos. As investigações contaram
com o auxílio da Controladoria-Geral da União em Pernambuco.
Operação Ipuçaba
Operação apura contratações de empresas pela Prefeitura de Ouricuri/PE
para prestar serviços de transporte de alunos da rede pública de ensino e
locação de veículos para atendimento de demandas das Secretarias de Saúde,
Educação e Assistência Social.
As investigações apontam para a existência de uma organização criminosa
especializada em desviar recursos públicos por intermédio de empresas de
fachadas constituídas especificamente para fraudar licitações e superfaturar
contratos.
Da mesma forma, a equipe de investigação apontou fortes indícios
de que os serviços não teriam sido prestados, embora os pagamentos tenham sido
integralmente realizados, gerando, portanto, possível prejuízo aos cofres
públicos e enriquecimento ilícito dos envolvidos.
Relatório da Controladoria-Geral
da União identificou que as empresas controladas pelo grupo criminoso
receberam, desde 2012, mais de sessenta e um milhões de reais somente da
Prefeitura de Ouricuri. g1
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