Uma mulher de 48 anos conseguiu fugir, na tarde dessa quinta-feira (29), após permanecer por oito meses em cárcere privado na casa de um homem que conheceu pela internet. A vítima pulou o muro da casa do suspeito, identificado como Ideni Gonçalves de Farias, de 50 anos.
Ele foi preso pela Polícia Militar de Água Branca, onde o
crime aconteceu, cidade 100 km ao Sul de Teresina. Ela contou que chegou a engravidar e ser
obrigada a abortar durante o período que estava no cárcere.
A
mulher aproveitou um momento em que o homem foi para a porta de casa, falar com
um vizinho, para pular o muro do quintal e fugir. Ao chegar à rua, ela conseguiu
pedir ajuda a uma viatura da PM que passava pela região.
De acordo com o relatório dos policiais militares do 18º
Batalhão, a mulher foi encontrada no Residencial Macedo, por volta das 13h e
estava com lesões nos braços. Ela informou que havia sido espancada, que era
ameaçada de morte e que ele andava à sua procura.
"Fomos ao local
da ocorrência e o acusado dizia que não tinha agredido sua amásia, mas como a
vítima estava com lesões nos braços, conduzimos o casal para o DP (distrito
policial) para serem tomadas as medidas cabíveis. No DP o acusado foi autuado
em flagrante e ficou preso por violência doméstica", informaram os
policiais no relatório.
Conforme
relatos da vítima na delegacia, o homem a mantinha sob abusos físicos, sexuais
e psicológicos. De acordo com o delegado Bruno Luz, a mulher é de Campos Sales (CE) e
conheceu o suspeito em um site de relacionamentos. As cidades ficam a cerca de
350 km de distância.
"Ele nega que tenha praticado, mas pelas declarações dela, ele a
subjugava porque era mulher. Ela disse que chegou a ficar grávida dele e teve
que praticar um aborto. Ela foi levada a um hospital para coletar sangue e
detectar presença de BETA HGC [exame de gravidez], mas não foi identificado
devido ao tempo. Mas isso continuará sendo investigado", contou. g1
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