O Rio Grande do Norte é o estado líder em produção de energia eólica no Brasil. A força dos ventos impulsiona aerogeradores gigantes, que cortam os céus do litoral ao sertão potiguar.
A produção local, de
todos os parques do estado, está integrada ao sistema interligado nacional, que
é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do país, que escoa a
produção de acordo com as demandas de cada região.
Essa é a terceira e última reportagem de uma série produzida pela Inter TV Cabugi sobre energias renováveis no RN.
Em operação desde
2014, o complexo eólico "Campos dos Ventos", em João Câmara, no interior do Rio Grande do Norte, foi o
primeiro parque de uma das empresas que mais investiram em parques eólicos no
estado, e uma das maiores companhias do segmento de energia renovável do país,
que tem sede em Campinas (SP).
Aqui no estado, a companhia construiu 423 turbinas eólicas em 33 parques, uma capacidade
instalada para gerar 840 megawatts de energia. Já são 250 empregos criados em
cidades como João Câmara, Parazinho, Touros, São Miguel do Gostoso e Baía Formosa.
Nesta semana executivos
da empresa inauguraram um escritório local em Natal, demonstrando intenção de
continuar investindo no estado, que tem tudo que é necessário para produzir
energia limpa, não-poluente.
"O estado do Rio
Grande do Norte é um estado fundamental, estratégico pro Brasil. O que atrai
investimento e vai continuar atraindo é o potencial de vento. Então a gente tem
vento o ano inteiro, tem muito bem definido os períodos de vento, o que
facilita a gente planejar pra poder gerar energia limpa", explicou o
diretor de operação da CPFL Renováveis, Francisco Galvão.
A produção do estado beneficia não só o próprio RN, mas consegue
ser escoada para outras regiões.
"O Rio Grande do
Norte não é uma ilha. A gente não está isolado do resto do país. A energia que
é produzida aqui, ela não é consumida aqui. Toda essa energia gerada a partir
dos parques eólicos, por exemplo, elas entram em uma grande rede nacional.
Então essa energia que está sendo produzida aqui pode ser consumida no Rio
Grande do Sul, em São Paulo. Só que depois ela é distribuída para um sistema
abaixo, que são as distribuidoras. E aqui no RN, no nosso caso, nós temos o
grupo Neoenergia, que distribui para todos nós, pra a população de maneira em
geral. E é bom que seja assim", explicou Darlan Santos, diretor-presidente
do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).
"Em algum momento do ano, nós do RN produzimos mais do que
precisamos. Então essa energia que sobra, vamos dizer assim, pode ser consumida
em outro estado. Só que tem outra época do ano que o que a gente produz não é
suficiente, então a gente acaba consumindo energia que vem de outras
regiões". g1
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