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* PM é suspeito de matar vizinho após briga por som alto durante comemoração do jogo do Brasil.

G1 - O policial militar suspeito de matar o vizinho durante uma briga por causa de som alto foi solto em menos de 12 horas após o crime, em Goiânia. O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (25) e a decisão que determinou a liberdade provisória do agente foi emitida no período da tarde pela juíza Érika Barbosa Gomes Cavalcante. 

No boletim de ocorrência, a Polícia Militar informa ter encontrado a vítima morta dentro do próprio carro. No local, a corporação ainda narrou que a esposa da vítima, Geiziele Ferreira, contou que o soldado e o mecânico tiveram uma discussão minutos antes do crime, por causa do som que estava ligado na casa do casal.

Ainda de acordo com Geiziele, a caixa de som que estava sendo utilizada havia sido um presente de um amigo para Rui e aquele era a primeira vez que o mecânico utilizava o aparelho, para comemorar a vitória da seleção brasileira em sua estreia na Copa do Mundo.

Segundo a esposa do mecânico que morreu baleado, o soldado teria ido até a casa do casal com a arma, apontado a pistola para a cabeça de Rui e o mandado abaixar o volume.

"Quando eu saí, ele já estava nervoso aqui e o carro de ré, e ele me falou: O cara entrou aqui dentro de casa, ele já veio com a pistola preta na mão, colocou a arma aqui na minha cara, no som e mandou eu desligar o som", disse Geiziele.
"Ele [o marido] falou [ao policial]: Eu vou desligar por quê? Eu estou dentro da minha casa", complementou a mulher.

Em depoimento, logo após a prisão, o policial disse que estava voltando de um galpão onde guarda pneus e que foi surpreendido pela vítima, que jogou o veículo contra ele. O soldado ainda disse que conseguiu se esquivar do carro e que não foi atingido. Arcísio também afirmou que, logo depois, o mecânico deu marcha ré e que começou a gritar que iria matar o policial, ameaçando a jogar o carro novamente.

Em seguida, o suspeito disse que, naquele momento, sacou a arma e atirou três vezes contra o carro, em legítima defesa. O policial disse que, depois dos disparos, continuou o trajeto para casa e afirmou não ter chamado a Polícia Militar por ter ficado transtornado.

Rui Barbosa Gomes e a caixa de som que estava ligada em sua casa, em Goiânia, Goiás

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