As venezuelanas citadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), na semana passada, se recusaram a gravar vídeos para ajudar a desfazer os efeitos negativos das polêmicas declarações feitas por ele.
Na sexta-feira (14), Bolsonaro disse que "pintou um clima" com venezuelanas menores de idade e sugeriu que havia prática de prostituição infantil na comunidade Morro da Cruz, em São Sebastião (DF).
De acordo com o Estadão, a equipe de Bolsonaro queria que algumas delas divulgassem uma mensagem, sozinhas, dizendo que tudo havia sido um mal-entendido, já esclarecido. As jovens e suas mães, no entanto, ficaram com receio da exposição e do desgaste que isso poderia gerar.
Bolsonaro, candidato à reeleição, gravou um vídeo ao lado da primeira-dama Michelle, em que pede desculpas por suas declarações sobre as menores venezuelanas.
No vídeo que deu a largada para a polêmica, o presidente diz que 'pintou um clima' com garotas de 15 anos. "Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na tua casa?' Entrei", iniciou.
"Tinha umas 15 a 20 meninas, num sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. Eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando no sábado. Pra quê? Ganhar a vida!", completou posteriormente.
Bolsonaro, por sua vez, alegou que a frase foi tirada de contexto pelos opositores.
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