Familiares e vizinhos se reuniram, neste domingo (9), para participar do velório do estudante Júlio César de Souza Alves, 15 anos, baleado dentro da escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral. O óbito do adolescente foi confirmado neste sábado (8). Ele e outros dois colegas foram atingidos em sala de aula por tiros disparados por um outro aluno na quarta-feira (5).
O paciente estava na
Santa Casa de Misericórdia de Sobral desde a quarta-feira, quando ele e outros
dois estudantes foram feridos a tiros. Na sexta-feira (7), o jovem estava com
quadro irreversível de saúde — havia a suspeita de que o jovem sofrera morte
encefálica, mas ele passava por exames para confirmação do estado. Os outros
adolescentes atingidos já receberam alta.
O velório, que acontece na casa dos avós de Júlio
César, no Bairro Santa Casa, em Sobral, começou ainda na madrugada e deve
seguir na tarde deste domingo. Em seguida, o corpo foi para capela São José, no
bairro Sumaré. A igreja fica em frente à escola onde tudo aconteceu e onde o
garoto estudava. No fim da tarde, o enterro acontece em um cemitério do
município.
O óbito foi confirmado em uma nota de pesar
emitida pela escola onde ele estudava. "Nesse momento de dor, a EEMTI
Prof. Carmosina F. Gomes se solidariza com todos os familiares, amigos e
comunidade escolar e expressa as mais sinceras condolências", disse o
texto.
A governadora do Ceará, Izolda Cela, lamentou a morte de Júlio César.
"Recebi, com profundo pesar, a notícia da morte do nosso estudante Júlio
César de Souza Alves, de 15 anos, baleado após discussão na EEMTI Professora
Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, na última quarta-feira. Meus sentimentos
aos familiares e amigos neste momento de dor", postou a gestora nas redes
sociais.
O jovem detido alegou, em depoimento a
polícia, sofrer bullying dos colegas. A Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que a arma utilizada nos disparos
pertencia a uma pessoa com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e
Caçador (CAC). Inicialmente a polícia havia informado que o dono da arma era
pai do jovem, porém a pasta negou o fato, acrescentando ter ouvido o pai e o
proprietário do armamento.
O atirador, de 15 anos, estuda na mesma sala de aula das três vítimas,
que cursam o 1º ano do ensino médio. O aluno havia ido para a aula no horário
normal, levando livros e material escolar. O vigilante da escola não percebeu
que ele estava com arma escondida sob o uniforme escolar. Por volta das 10h,
ele fez os disparos que atingiu os colegas de sala.
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc)
lamentou o ocorrido e informou que a Coordenadoria Regional de Desenvolvimento
da Educação (Crede) 6, responsável pela região, adotou imediatamente as
providências necessárias para socorro das vítimas e acionamento do trabalho
policial.
Ainda conforme a secretaria, a pasta tem reforçado, constantemente,
ações visando a segurança do ambiente escolar, tanto em termos físicos quanto
psicológicos. g1
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