O ministro do STF Alexandre de Moraes converteu a prisão de Roberto Jefferson de temporária para preventiva – ou seja, sem prazo determinado.
Para tomar essa nova decisão, Moraes levou em consideração o arsenal bélico mantido pelo ex-parlamentar em casa e os reiterados descumprimentos de medidas cautelares determinadas pelo próprio STF.
Segundo o ministro do STF, essa decisão visa manter a ordem pública.
“Conforme já destacado, o preso se utilizou de armamento de alto calibre (fuzil 556), para disparar uma rajada de mais de 50 (cinquenta) tiros, além de lançar 3 (três) granadas contra a equipe da Polícia Federal”, disse o ministro.
“O cenário se revela ainda mais grave pois, conforme constou do auto de apreensão, foram apreendidos mais de 7 (sete) mil cartuchos de munição (compatíveis com fuzis e pistolas). Essa conduta, conforme ampla jurisprudência desta Suprema Corte, revela a necessidade da custódia preventiva para garantia da ordem pública”, declara o magistrado.
“Como se vê, a manutenção da restrição da liberdade do preso, com a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal. A mera posse, ainda que em sua residência, de um verdadeiro arsenal militar, covardemente utilizado contra uma equipe da Polícia Federal, se revela ainda mais grave pois (…) foi determinada a suspensão de todos os portes de arma em nome do preso, com notificação da Polícia Federal e do Exército Brasileiro”, acrescenta Moraes.
A reação de Roberto Jefferson no domingo, ao não acatar mandado de prisão preventiva assinado por Moraes, criou um imbróglio para a campanha de Jair Bolsonaro, que foi obrigado a tentar se desvincular, o quanto antes, do aliado.
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