O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lançou uma carta com propostas para um eventual governo.
O texto se divide em
13 eixos, como: "Democracia e liberdade", "desenvolvimento
econômico com investimentos", "desenvolvimento sustentável e
transição ecológica", "reindustrialização do Brasil" e
"agricultura sustentável".
Na abertura da carta,
a campanha petista diz que "esta não é uma eleição qualquer" e que
estão em jogo dois projetos completamente diferentes para o país.
“Temos consciência da
nossa responsabilidade histórica e, junto com amplas forças que apoiam a
democracia brasileira, a partir de um permanente processo de diálogo e escuta
da sociedade, apresentamos nossas principais propostas para a reconstrução do
país”, diz o documento.
Bolsa Família
Lula afirma que quer o
retorno do programa Bolsa Família,
transformado em Auxílio Brasil pelo governo Bolsonaro no ano passado.
Segundo o
ex-presidente, o programa de transferência de renda continuará a pagar R$ 600
aos beneficiários. A cada criança com menos de seis anos na família. haverá um
adicional de R$ 150. “O Bolsa Família tem condicionante. Não é um dinheiro dado
aleatoriamente”, acrescentou.
Responsabilidade fiscal
Sem mencionar o teto de gastos, que limita o crescimento das despesas
públicas, a carta afirma que a política fiscal do eventual governo petista deve
seguir “regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compatíveis
com o enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de
reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação”.
Em outras
oportunidades na campanha, Lula defendeu explicitamente a revogação do
mecanismo instituído em 2017.
Faixa de isenção do Imposto
de Renda
No campo tributário, o
petista repetiu que pretende elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para
pessoas físicas para R$ 5 mil. Atualmente, estão isentos brasileiros com
rendimentos mensais menores que R$ 1.903,98.
Crédito
O candidato também detalhou o
programa “Desenrola Brasil”, apresentado pela campanha ainda no primeiro turno.
Segundo a proposta, o governo vai facilitar a negociação de dívidas registradas
nos nomes de brasileiros que recebem até três salários mínimos. O projeto se
assemelha ao defendido por Ciro Gomes, candidato do PDT derrotado à
Presidência.
O ex-presidente também
quer lançar um programa com oferta de novas linhas de crédito para micro e
pequenas empresas. A proposta, intitulada “Empreende Brasil”, tem sido
veiculada à exaustão pela campanha no horário eleitoral. Em outras ocasiões,
Lula indicou que deverá criar um ministério independente para o fomento de
micro e pequenas empresas.
Nova versão do PAC
O petista afirma também que
um eventual novo governo deve contar com uma nova versão do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). Lançada em 2007, primeiro ano do segundo
mandato de Lula, a iniciativa previa estímulo a investimentos públicos e privados
em projetos de infraestrutura no país.
Habitação
Ao mesmo tempo, o
ex-presidente diz que deve investir na retomada do Minha Casa, Minha Vida. O
programa foi criado por Lula em 2009 com o objetivo de reduzir o déficit
habitacional no Brasil. Em 2020, o governo Jair Bolsonaro (PL) rebatizou a
iniciativa para Casa Verde e Amarela e promoveu alterações no escopo do
programa.
'Paz e diálogo'
No fim da carta, Lula diz que
o país precisa de paz, democracia e diálogo.
"Ao longo dessa
campanha, vi a esperança brilhando nos olhos do nosso povo. A esperança de uma
vida melhor num país mais justo. O Brasil precisa de um governo que volte a
cuidar da nossa gente, especialmente de quem mais necessita. Precisa de paz,
democracia e diálogo. É com a força do nosso legado e os olhos voltados para o
futuro que dirijo esta carta ao povo brasileiro. g1
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