O Ministério da Defesa afirmou
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta
quarta-feira (19) que vem seguindo as regras definidas pelo tribunal para a
fiscalização das eleições.
Segundo a pasta, um
relatório sobre a fiscalização só será produzido após a conclusão dos
trabalhos, ou seja, depois do segundo turno. O Ministério da Defesa também
afirma que nenhum documento de avaliação sobre o sistema eleitoral foi enviado
a candidatos até o momento.
As informações foram
prestadas ao tribunal atendendo a um pedido do ministro Alexandre de
Moraes, presidente do TSE. Moraes analisa uma ação do partido Rede
Sustentabilidade que questiona a atuação do Ministério da Defesa na realização
de uma suposta auditoria do sistema eleitoral.
No documento, os
militares sustentam que não
é possível entregar relatório parcial ao TSE.
"Ainda,
ressalta-se que as ações de fiscalização vêm sendo executadas de acordo com os
acessos disponibilizados pela Justiça Eleitoral. Diante do exposto, a emissão
de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se
inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi
emitido", justificou.
Veja mais detalhes sobre a ação da Rede e o pedido de informações enviado à Defesa no vídeo abaixo:
No ofício, a Defesa afirma ao TSE que o trabalho de fiscalização é feito por militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea, especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação.
Segundo o ministério, as etapas do trabalho são realizadas em
"cuidadosa observância dos documentos normativos publicados pelo TSE e
realizadas em favor da Justiça Eleitoral". A pasta diz ainda que, neste
contexto, a norma do TSE "não estabelece elaboração e divulgação de relatórios
sobre as etapas acompanhadas por parte das entidades fiscalizadoras".
O ministério afirma que só ao término do trabalho "será elaborado
um relatório contemplando toda a extensão da atuação das Forças Armadas como
entidades fiscalizadoras, com os documentos atinentes às atividades em
comento".
"Tal relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho. Assim sendo, convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato".
As colunistas do g1 Andréia Sadi
e Júlia Duailibi informaram que as conclusões da auditoria já
foram entregues ao presidente Jair Bolsonaro, mas que o Ministério
da Defesa não tem data definida para divulgar os resultados.
Sem jamais ter apresentado provas ou sequer indícios de irregularidades,
Bolsonaro e seus apoiadores atacam o sistema eleitoral e as urnas
eletrônicas, repetindo fake news já
desmentidas pelos órgãos oficiais.
Na manifestação, os militares afirmam que usam recursos do orçamento do
próprio ministério para o trabalho de fiscalização.
"Atividades executadas acarretaram, até o momento, despesas exclusivamente para pagamento de diárias e passagens, custeadas com os recursos do Ministério da Defesa, na Ação Orçamentária 2000, em virtude dos necessários deslocamentos para atender às atribuições delimitadas no Plano de Trabalho". g1
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