O presidente
Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo para se desculpar e
justificar a fala de que “pintou um clima” com meninas venezuelanas de 13 ou 14
anos. Segundo Bolsonaro, o objetivo dele era expressar preocupação com as
jovens.
Na gravação, Bolsonaro aparece ao lado de Michelle Bolsonaro e
de Maria Teresa Belandria, embaixadora não-oficial da Venezuela, indicada por
Juan Guaidó. Sem provas, o presidente começa a fala acusando a imprensa de
pressionar mulheres venezuelanas para “obter vantagem política” e acusa
opositores de atacarem as refugiadas.
“As palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis”, justificou. “A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras.”
No vídeo, Bolsonaro relata que Michelle, Damares e Maria Teresa
estiveram com refugiadas venezuelanas para prestar apoio.
“Se as minhas palavras que, por má fé, foram tiradas de
contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum
constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas, já que meu
compromisso sempre foi o de melhor acolher todos que fogem de ditaduras pelo
mundo”, declarou.
Confira a íntegra da fala de Bolsonaro:
Prezadas irmãs e irmãos
venezuelanos, estamos indignados com as últimas ações de alguns militantes de
esquerda que, sem nenhum pudor, estão pressionando mulheres venezuelanas a fim
de obterem vantagem política nesse momento. Mesmo depois da decisão do TSE,
tomada em função da mentira que vinha sendo veiculada sobre minha pessoa, esses
inomináveis agora dirigem seus ataques contra essas mulheres. As palavras que
eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar
qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis. A dúvida e a
preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela
nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as
mulheres citadas na “live” eram trabalhadeiras. Minha esposa Michelle, a
senadora eleita Damares e a embaixadora da Venezuela estiveram hoje com essas
senhoras, prestaram seu apoio e constataram que elas estão reconstruindo suas
vidas no Brasil. Elas inclusive ajudam outras venezuelanas refugiadas a encontrarem
uma profissão e melhor se integrarem à nossa sociedade. Se as minhas palavras
que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma, foram mal
entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas,
peço desculpas, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender
a todos que fogem de ditaduras pelo mundo.
Michelle Bolsonaro também se pronunciou:
E a operação acolhida é o
melhor programa de atenção aos migrantes e refugiados da América Latina. Hoje
moram em nosso país mais 375.000 venezuelanos. Como um país cristão, devemos
acolher ao próximo. A nossa Nação cuida e abraça a todos. Agradecemos
especialmente a nossa querida embaixadora da Venezuela, Maria Teresa Belandria
pelo seu excelente trabalho.
Venezuelana nega fala de Bolsonaro
Uma
das venezuelanas visitadas por Jair Bolsonaro em
sua ida à região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal, em 2021, rebateu a afirmação feita pelo presidente sobre ter
encontrado adolescentes vindas da Venezuela "arrumadas para ganhar a vida”.
De
acordo com ela, no dia em que o candidato à reeleição visitou o local acontecia
uma ação social para refugiados. "Não tem nada a ver com o que ele está
falando agora", disse a mulher, que pediu para não ter o nome revelado, ao
UOL.
Michelle visita venezuelanas
A
primeira-dama Michelle Bolsonaro se encontrou nesta segunda-feira (17) com
duas venezuelanas ligadas à família citada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)
em vídeo que circulou nas redes sociais no fim de semana.
O
encontro ocorreu no Lago Sul, área nobre de Brasília, e foi viabilizado por
integrantes da Presidência da República e da Embaixada da Venezuela no Brasil.
A
equipe da primeira-dama foi quem ofereceu o encontro, segundo relatos de
pessoas envolvidas. O plano inicial era que a conversa tivesse ocorrido na
noite de domingo (16), em São Sebastião (DF).
Num
primeiro momento, houve resistência da família venezuelana, que estava
assustada com a repercussão do caso.
O
encontro, no entanto, aconteceu nesta segunda após a família decidir que
gostaria de ser ouvida pela Michelle e dar a oportunidade da primeira-dama
pedir desculpas pela exposição indevida das menores de idade.
O principal problema, segundo os relatos, foi com a insinuação que o presidente fez de que as meninas fossem prostitutas o que é negado pelos venezuelanos e pela Cáritas Arquidiocesana de Brasília, que acompanha os refugiados em São Sebastião. Com informações do Yahoo.
Detalhe: Tenha vergonha canalha, você é nojento e asqueroso após tanta canalhice contra crianças. O vídeo abaixo é claro!
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