A fiscalização realizada pelas Forças Armadas no processo de votação organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não encontrou nenhuma irregularidade nas eleições durante o primeiro turno.
As conclusões do trabalho não foram apresentadas ao público, mas foram descritas ao presidente Jair Bolsonaro pelo Ministério da Defesa.
O presidente, porém, não autorizou a divulgação dos resultados, segundo relatos feitos por três generais (dois do alto comando) a fontes da equipe da coluna.
De acordo com o relato de uma delas, ao ser informado das conclusões do trabalho – que avaliou uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – o presidente da República disse que os militares deveriam se esforçar mais, porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto.
Mas, ao ser informado das conclusões do trabalho, o presidente determinou que fosse feito um "relatório completo", incluindo o segundo turno, porque o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significava que não haveria problemas na segunda etapa.
Sem o tal relatório completo, decretou Bolsonaro, não deveria haver nenhuma divulgação de conclusões.
Desde o dia seguinte à eleição, a equipe da coluna tem questionado representantes do Ministério da Defesa com frequência a respeito dos resultados da fiscalização desde o dia seguinte à eleição.
Nos primeiros dias, a informação prestada reservadamente pelos oficiais era de que o trabalho ainda não havia sido concluído.
Nesta segunda-feira, a informação passou a ser a de que não há previsão de envio de relatórios ao TSE, e que qualquer observação e sugestão seria enviada diretamente ao tribunal. g1
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon