A Secretaria de
Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou nesta segunda-feira (10) que
investiga vários crimes que aconteceram durante o último fim de semana em
cidades da região metropolitana de Natal e
no interior do estado.
Os crimes foram acompanhados de uma
série de publicações, algumas delas falsas, nas redes sociais. Entre os casos
confirmados, houve assaltos - inclusive em pontos turísticos - homicídios,
veículos queimados, prisões de suspeitos, entre outras ocorrências.
Em alguns casos de incêndios, as
autoridades ainda apuram se foram causados de forma criminosa ou não.
Segundo o coronel Francisco Araújo,
secretário estadual de Segurança Pública, não é possível relacionar as
ocorrências entre si, ou a uma suposta determinação de uma facção criminosa,
como divulgado pelas redes sociais.
"Tudo que foi notificado pelas
redes sociais, toda estrutura de segurança pública coletou esses dados e eles
foram encaminhados para investigação, para que nós tenhamos certeza de onde
veio e o que provocou tudo isso. As investigações são conduzidas pelo
Ministério Público, através do Gaeco, pela Polícia Federal e pela Polícia
Civil", disse durante entrevista ao RN1, da Inter TV Cabugi.
O secretário afirmou que as ações de policiamento ostensivo foram
ampliadas nas ruas da capital e da região metropolitana e as ações devem seguir
nos próximos dias com operações policiais, deflagradas a partir de inquéritos
já em andamento.
Ele ainda pediu que a população evite repassar notícias de crimes sem
ter certeza se os fatos realmente aconteceram, a fim de evitar pânico.
"Teve notícias de ocorrências em universidades que não eram
verdade. As pessoas deixaram de levar os filhos à escola, deixaram de ir aos
restaurantes. Quem deixou de ganhar foi a própria população, por causa de
notícias que não foram verdadeiras", considerou.
Uma das informações falsas que circularam durante o fim de semana,
segundo a Sesed, anunciava a suspensão da circulação dos ônibus de três linhas
na Região Metropolitana por causa da violência. A informação foi negada pela
federação que representa as empresas de transporte coletivo.
"Em todas as ocorrências reais, as forças de segurança pública fizeram a ação policial. Claro que o ideal era que não existisse nenhuma ocorrência, mas a Segurança Pública existe para preservação da ordem pública. Quando há um incremento da criminalidade em determinada zona geográfica, as forças estão atuando. O que nós pedimos é a compreensão da população, que quando for mandar uma mensagem para um familiar, um amigo, tenha cuidado de checar o que está passando, para não causar o pânico na população. Quem perde com isso é o cidadão trabalhador, que sai de casa para suas atividades", afirmou o secretário.
O secretário não deu prazo para conclusão das investigações. g1
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