O brasileiro preso suspeito de tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se chama Fernando Andrés Sabag Montiel. De acordo com o ministro de Segurança do país, Aníbal Fernández, ele tem 35 anos, tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo, já recebeu advertência por estar carregando uma faca em 2021 e tatuou símbolo nazista no corpo.
Ainda não se sabe qual
foi a motivação para a tentativa de assassinato de Cristina Kirchner, que
ocorreu quando ela acenava para simpatizantes na frente de sua casa no bairro
da Recoleta, em Buenos Aires. Sabag Montiel levanta a mão esquerda com a arma,
que estava carregada, engatilha e tenta o disparo, mas arma falha.
Motorista de app e advertência por porte de arma]
O
documento do brasileiro obtido pela Polícia Federal argentina mostra
que ele nasceu em São Paulo, mas que não é filho de brasileiros e que vivia
desde a década de 1990 no país vizinho, para onde se mudou aos seis anos.
Segundo o blog da
Andréia Sadi, as primeiras informações do Itamaraty são de que
o atirador seria de São Paulo, filho de mãe argentina e pai chileno. O pai dele
teria sido expulso do Brasil em 2021.
Os registros comerciais afirmam que o brasileiro tem autorização para
atuar como motorista de aplicativos na Argentina e tem um carro em seu nome.
Sabag Montiel recebeu uma advertência depois de ter sido detido em março de
2021 por porte ilegal de arma perto de onde mora, em Buenos Aires. Na ocasião,
Montiel levava uma faca de 35 centímetros de comprimento. Segundo a imprensa
argentina, ele disse aos policiais que a faca era para "defesa
pessoal".
Informações da polícia argentina, segundo a BBC e veículos de imprensa
locais, apontam que Montiel possui tatuagens com símbolos nazistas.
A imprensa local também informou que ele se identificava em suas redes
sociais como Fernando 'Salim' Montiel e era seguidor de grupos como 'comunismo
satânico', entre outros 'ligados ao radicalismo e ao ódio', como definiu o
portal do jornal La Nación, de Buenos Aires.
O portal Infobae informou ter ouvido de vizinhos de Fernando Montiel
que ele era "inconstante", "propenso a dizer tolices" e
alguém que tem o hábito de esperar músicos famosos em hotéis.
Tentativa de assassinato
O
brasileiro foi detido na noite desta quinta-feira (1°) após tentar assassinar
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, em Buenos Aires.
A arma teria falhado e a vice-presidente não foi ferida. O atentado
aconteceu quando Kirchner acenava para apoiadores na frente de sua casa, no
bairro da Recoleta. A arma usada por ele foi uma Bersa .32 (7,65 mm), segundo
informou o jornal argentino "Clarín" após falar com fontes internas
não citadas.
No momento da tentativa de assassinato, Montiel levanta a mão
esquerda, que está com a arma, e tenta atirar. No vídeo, é possível ver que ele
chega a engatilhar a pistola, que falha. A Polícia Federal argentina, que
estava cuidando da segurança de Cristina, o deteve rapidamente.
Após o atentado, Cristina continuou cumprimentando apoiadores e dando
autógrafos. A vice da Argentina conta com uma equipe de segurança de 100
policiais federais.
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