A produção do filme “A Fúria”, ao qual foi atribuída a cena de representação do presidente Jair Bolsonaro (PL) com ferimentos e caído ao lado de uma motocicleta, disse que o vídeo foi tirado “do contexto que a história será contada”.
Procurada pelo Poder360, a equipe disse que a divulgação do trecho é ilegal e que o longa-metragem será lançado em 2023. “Portanto, não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news”, afirma a produção em nota.
No sábado (16), circularam nas redes sociais fotos e vídeos da produção audiovisual que mostra uma representação de Bolsonaro com a faixa presidencial, caído ao lado de uma moto e com ferimentos. Apoiadores, que também compartilharam as publicações em suas redes, associaram o conteúdo às motociatas (passeios de motocicleta) realizadas pelo chefe do Executivo.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou que o caso seja encaminhado para investigação pela PF (Polícia Federal) e pediu a “completa apuração dos fatos“.
Inicialmente, bolsonaristas relacionaram a autoria da produção à Rede Globo. A emissora informou que as imagens eram do filme “A Fúria”, dirigido por Ruy Guerra, do qual o Canal Brasil –que a Globo tem “participação acionária”– tem 3,61% de participação nos direitos autorais.
Leia a íntegra da nota enviada pela produção do filme:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Circula na internet uma imagem captada sem autorização de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio.
Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real.
O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada.
Esclarecidos estes fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz.
A produção do filme “A Fúria”
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