O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) disse, durante fala na comissão que analisa a PEC kamikaze nesta quinta-feira (7), que o texto, além de ser diferente da proposta original, tem “apelo eleitoral e demagógico”, o que torna difícil de enfrentá-lo a menos de 90 dias de uma eleição.
O ex-vice-presidente da Câmara, no entanto, não poupou críticas à proposta.
“Eu também me sensibilizo com alguém que precisa de uma cesta básica. Mas se eu voltar para o meu estado amanhã e doar uma cesta básica para alguém que está com fome, isso é um crime eleitoral que gerará minha inelegibilidade”, disse Ramos.
“Estamos fissurando o arcabouço institucional que busca garantir equilíbrio no processo democrático e eleitoral”, completou o parlamentar.
“Nós estamos avacalhando o processo eleitoral.”
Ramos citou a manobra comandada pelo seu sucessor, Licoln Portella (PL-MG), que fez uma sessão de um minuto na manhã desta quinta-feira, apenas para contar prazos para a aprovação da PEC. “A questão fiscal está em segundo plano: o que é mais importante é que estamos cingindo um pacto da ordem democrática do nosso país com a avacalhação do processo legislativo”, ele concluiu. Antagonista
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