Um lubrificante feito com compostos da Cannabis, a planta da maconha, está fazendo sucesso no país. Trata-se do Xapa Xana, produto uruguaio, desenvolvido pela brasileira Débora Mello. Além da lubrificação, o óleo promete estimular a região e aumentar o prazer feminino. A recomendação é aplicar a mistura, que contém óleo de coco e o tetrahidrocanabinol – o famoso THC – cerca de 15 minutos antes do ato sexual ou da masturbação.
— Ele é um lubrificante e estimulante. O óleo de coco vai tem a ação lubrificante e o THC traz o benefício estimulante, “orgásmico” e de aumento da sensibilidade. — conta a paulistana Débora Mello, que mora em Montevidéu.
No Brasil, a regulamentação vigente permite a comercialização de produtos derivados de Cannabis para fins medicinais. Eles só podem ser fabricados por indústrias farmacêuticas e vendidos em farmácias e drogarias, mediante prescrição médica e autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitáia (Anvisa). A importação também é permitida sob as mesmas regras. Nos demais casos, a importação ou compra pode ser enquadrada nos crimes de porte ou tráfico de drogas.
Mesmo sendo proibido por aqui, é crescente o número de brasileiras que aderem ao uso de lubrificantes íntimos com derivados da Cannabis. Eles são trazidos de viagem ou comprados em grupos nas redes sociais e no Whatsapp. Há versões caseiras e importadas.
Há riscos?
Os riscos de uso de lubrificantes à base de maconha incluem alergias, irritação local e infecções. A ginecologista Marianne Pinotti alerta, em especial, para as versões caseiras, que não têm controle de qualidade, conteúdo ou higienização.
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