A colheita de melão
para exportação está chegando na reta final no Rio Grande do Norte. Nesta
safra, foram produzidas mais de 300 mil toneladas da fruta.
Os últimos sete meses foram de trabalho intenso para Alan
Abrantes na colheita do melão em fazenda em Tibau, na região Oeste. Com a safra
da fruta chegando ao fim, o operador de colheitadeira deve voltar pra casa, na
cidade de Alexandria. Já são oito anos trabalhando durante as safras da fruta.
"Agora é esperar a próxima safra e retornar de novo, se
Deus quiser", espera Alan Abrantes, operador de máquina.
A colheita da safra 2021/2022 do melão deve durar até a primeira
quinzena do mês de março. Segundo o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio
Grande do Norte (Coex), o estado deve produzir cerca de 330 mil toneladas de
melão, a mesma quantidade da safra anterior.
"Levando em consideração os lockdowns nos países que
importam nossa fruta, a retração do consumo de frutas, do melão, nesse momento,
então a gente considera que essa área plantada poderia até ter sido menor para
não sobre ofertar o mercado consumidor", comentou Fábio Queiroga,
presidente do Coex.
O faturamento da safra deve chegar aos 250 milhões de dólares, um
aumento de 15% com relação ao período anterior. Mas o
preço dos insumos, como os fertilizantes e o plástico, e as incertezas causadas
pela pandemia da covid-19, fizeram o custo de produção crescer mais da metade.
Apesar dos desafios, a fazenda responsável por mais de 90% do melão exportado do RN vai conseguir entregar todos os pedidos. Inglaterra, Holanda e Oriente Médio são os principais compradores.
“Consideramos um fato positivo porque
conseguimos atender todos os pedidos feitos pelos clientes. O receio que a
gente tinha era que por 2021 não ter chovido na região, choveu 300 milímetros e
a gente teve o receio de não fazer o mesmo trabalho por motivos de pragas e
doenças, mas conseguimos controlar tudo que foi possível”, explica Valmir Lins,
gerente operacional da empresa.
Na fazenda, mesmo com o fim da safra, a colheita do melão vai seguir o
ano inteiro, isso porque os compradores europeus decidiram continuar comprando
o melão do Rio Grande do Norte no período da entressafra.
"Eles deram preferência à fruta da gente. Na América Central eles
já estão produzindo, começam em janeiro, mas, como durante a safra a fruta da
gente foi de muita qualidade, eles estão querendo que a gente continue
produzindo para fechar os pedidos deles", contou Valmir.
Houve um incremento de 60 mil toneladas da fruta destinadas à Holanda
e Inglaterra. Bom para o encarregado de colheita, Givanildo Gomes. Ele já
recebeu a notícia que vai continuar trabalhando na fazenda no período da
entressafra.
"Achei ótimo. Vou ficar mais um tempo empregado também e ajuda o
apoio da empresa nesse momento", comemorou.
As negociações para a próxima safra já começaram. "As primeiras tratativas estão sendo feitas neste instante com a cadeia de importação do mercado europeu, como também as companhias marítimas, sempre observando o mercado para fazer os ajustes necessários", afirma o presidente do Coex.
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