A Petrobras anunciou que assinou nesta segunda-feira (31) o contrato para a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, junto com sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
Toda a estrutura, incluindo a Refinaria Clara Camarão, foi denominada de
Polo Potiguar, e está sendo comprada pela empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária
integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. Na última terça-feira (28), o conselho da empresa já havia
aprovado a venda do polo.
O valor negociado foi de US$ 1,38 bilhão, sendo US$ 110 milhões pagos
nesta segunda (31); US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e US$ 235
milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de
março 2024.
A transação ainda está sujeita a condições como a aprovação pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a Petrobras, a venda do polo está alinhada à estratégia de
gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia,
"visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade".
Em agosto de 2020, após anunciar que venderia o
Polo Potiguar, a Petrobras anunciou que o processo de saída do Rio Grande do
Norte deveria levar cerca de dois anos.
A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em
investimentos na exploração de petróleo e gás em águas profundas e
ultraprofundas.
Para Rafael Chaves, diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, a conclusão do negócio fortalece a estratégia da empresa.
“Estamos realocando os nossos investimentos
conforme plano estratégico, em ativos como os campos em águas profundas e
ultraprofundas localizados na costa brasileira. Todos se beneficiam de uma
indústria mais forte e competitiva. A Petrobras recebeu mais de R$ 7 bilhões
para investir em poços na margem equatorial e em Sergipe águas profundas. O
polo Potiguar segue operando e recebendo investimentos de um novo investidor.
Um Brasil com mais investidores e mais investimentos é um Brasil mais forte”,
defendeu.
De acordo com Ricardo Savini, CEO da 3R Petroleum, a compra deverá
gerar empregos e aquecimento da cadeia de óleo e gás.
“O surgimento e o fortalecimento de players como a 3R fomentam o
desenvolvimento da indústria de óleo e gás, além de estimular as economias
regional e nacional por meio de diversos canais: impostos, investimentos,
geração de emprego e renda, bem como o aquecimento e consolidação da cadeia de
suprimentos”, disse.
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