Matheus foi preso no quartel de Aquidauana-MS, onde fazia teste para uma vaga. Desde o dia do crime, a Polícia Civil já investigava o suspeito pelas atitudes durante os depoimentos.
O aparelho celular dele foi um dos pontos chaves para a descoberta de conversas e localizações durante o crime e pós-assassinato. Marta enviou no domingo (23/01), por volta das 5h45, mensagem para uma amiga dizendo que iria pedalar e tinha combinado de almoçar com ela naquele dia. Assim que a amiga acordou, por volta das 7h45, enviou mensagens para Marta, que não chegaram.
A mulher estava há cerca de 15 dias sem pedalar e quem sabia que ela voltaria naquele domingo seria o filho e a amiga, com quem confidenciava.
Matheus chegou a participar das buscas depois do desaparecimento da mãe, chegando a passar pelo local onde o corpo foi encontrado depois. Também esteve presente no passeio ciclístico como homenagem à mulher. Tudo para não levantar suspeita sobre ele.
O rapaz passou por audiência de custódia com a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira e o promotor de Justiça Fabricio Secafen Mingati no final da tarde de sexta-feira (04/02). A juíza decretou a prisão preventiva dele.
O advogado do jovem entrou com pedido de revogação
da prisão, mas foi negado. A audiência ocorreu por videoconferência. O suspeito
teria conversado por aplicativo de mensagem com um amigo. A conversa seria
sobre os detalhes do assassinato de sua mãe. As conversas já estão nos autos
como prova. Após o crime, o jovem postou uma mensagem de luto em relação à mãe:
Luto pela minha mãe… Morreu hoje com 37 anos
deixando eu e mais dois filhos o menor que vai fazer 2 anos e o outro de 11
anos, morrer assassinada e ainda nua com vários hematomas e agressões pelo
corpo todo com toda roupa rasgada… O que esse ordinário fez com minha mãe
senhor… porque”… #luto
ASSASSINATO.
Marta estava desaparecida desde às 6h30 do dia 23 de janeiro, um domingo, quando saiu para pedalar e não voltou para casa. Familiares e amigos chegaram a compartilhar a foto da mulher nas redes socais e foram em busca de Marta nos locais onde ela sempre pedalava.
O corpo foi encontrado pelos amigos, por volta das 16h30, à margem do anel viário, que liga a rodovia MS-276 com a MS-134. Ela foi atingida por 30 perfurações, sendo 24 no pescoço e seis na região da cabeça, de acordo com a necrópsia no IML (Instituto Médico Legal).
Sinais no corpo de Marta indicam que há indícios de crime sexual, mas a mulher estava no período menstrual e isso pode prejudicar a perícia. A arma do crime não foi identificada, só se sabe que é um objeto cortante. G1
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