O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em São José do Rio Preto (SP)
na manhã desta quinta-feira (24) para participar da inauguração de complexo
viário na BR-153. Bolsonaro discursou aos apoiadores por cerca de 20
minutos, porém, não fez nenhuma menção à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Antes de embarcar, o
presidente falou com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, e também não
citou o conflito no leste europeu.
Na semana passada, Bolsonaro fez viagem oficial à Rússia. Ao lado do presidente Vladimir Putin, Bolsonaro disse que é solidário à Rússia, sem especificar sobre o que se referia essa solidariedade. A declaração do presidente criou um desgaste para a diplomacia brasileira, em especial com os Estados Unidos.
A visita ao município no interior de São
Paulo foi o primeiro evento público do presidente depois das ações militares
russas contra cidades ucranianas.
Vestido com a camisa vermelha do América, time de futebol da cidade, o
presidente, que é pré-candidato à reeleição, usou o discurso para citar
programas do governo federal, dizer mais uma vez que não cometeu erros na
gestão da pandemia e que comprou todas as vacinas contra a Covid aplicadas no
país, contar sobre a sua trajetória política e fazer críticas veladas a países
de esquerda do continente sul-americano.
Ao contrário de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton
Mourão se posicionou nesta manhã falando que o Brasil não concorda com a
invasão da Rússia à Ucrânia.
“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita
a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do
território ucraniano. Isso é uma realidade”, afirmou Mourão na chegada ao
Palácio do Planalto.
A invasão começou na madrugada desta quinta-feira (24), no horário de
Brasília, por ordem do presidente russo Vladimir Putin.
Os russos invadiram a partir de vários pontos da fronteira. A ação gera
uma crise militar e diplomática na Europa sem precedentes neste século.
Em nota, o governo federal disse que acompanha com grave preocupação a
deflagração de operações militares da Rússia contra alvos no território da
Ucrânia.
"O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil."
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