Um despacho
assinado nesta quinta-feira (17) por Augusto Aras (foto) pede ao ministro
Alexandre de Moraes o arquivamento da investigação aberta contra Jair Bolsonaro
no STF pelo vazamento de dados do inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre o
ataque hacker ao TSE.
O procurador-geral da República
alegou que o inquérito da PF sobre o ataque, ainda que fosse tratado
sigilosamente pelos delegados da instituição, não era protegido por uma decisão
judicial que decretasse expressamente o sigilo do procedimento.
Para Aras, sem uma decisão judicial
que decretasse o sigilo dos documentos, não é possível acusar o presidente ou o
deputado Filipe Barros de terem vazado dados de forma criminosa na transmissão
ao vivo que os dois fizeram nas redes sociais em 4 de agosto de 2021.
O PGR nem chega a tratar das
considerações da delegada Denisse Ribeiro, que relatou ao STF a conduta
criminosa de Bolsonaro, do deputado e de servidores da Presidência. Ou seja,
Aras defendeu o arquivamento da investigação do presidente contrariando as
conclusões da PF.
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