A intenção de profissionalizar o marketing da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro esbarrou no vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ao filho “zero dois” é atribuída a estratégia da campanha digital vitoriosa do presidente nas redes sociais em 2018. Por influência da ala política do governo, no entanto, Bolsonaro avalia e conversa com marqueteiros sugeridos por ministros e por Valdemar Costa Neto, mandachuva do PL. Um dos cotados para assinar os programas do presidente é o publicitário Duda Lima, homem da confiança de Costa Neto.
Mesmo assim, Bolsonaro já deixou claro que Carlos vai manter a comunicação digital sob seu controle. Enquanto políticos do Centrão que participam do núcleo da campanha defendem contratar um marqueteiro do ramo, os bolsonaristas mais ligados à “direita raiz” e o próprio presidente confiam no tino de Carlos, a quem já respondiam os integrantes do grupo conhecido no Palácio do Planalto como “gabinete do ódio”.
Ministros palacianos dão como certo que, mesmo com um profissional de publicidade do agrado de Bolsonaro, o comando da comunicação será compartilhado com Carlos. A ideia é que o vereador continue desempenhando papel central nas redes sociais do presidente, estimulando a guerra virtual para atacar opositores e desafetos do governo.
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