Em culto nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro insinuou que o foragido do Supremo Tribunal Federal, Allan dos Santos, é exilado político naquele país. No início de janeiro, o blogueiro bolsonarista participou de um evento recheado de falas extremistas na mesma igreja.
“Estou vendo hoje pessoas que estão no exílio, sendo pedida (sic) sua prisão preventiva, extradição”, disse o filho zero três do presidente, que foi convidado pelo pastor André Valadão, da igreja evangélica Lagoinha de Orlando.
O deputado comparou o “exílio” de Allan dos Santos aos exilados na ditadura militar brasileira. Allan dos Santos está nos Estados Unidos desde agosto de 2020 e entrou no país com um visto de turismo. Em outubro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva e extradição do bolsonarista, o que ainda não aconteceu.
“O pessoal da esquerda viveu no exílio tranquilamente. Na França, no Chile de Pinochet. O Brasil era outra ditadura, os ditadores não se comunicavam e mandavam de volta para o Brasil para prender, torturar”, disse Eduardo, destoando de Jair Bolsonaro e admitindo que houve uma “ditadura” no país.
Além de Allan dos Santos, Eduardo Bolsonaro é amigo de Vicente Santini, secretário nacional de Justiça. Santini mudou a forma de tramitação de um pedido de extradição por causa do ativista foragido. Agora, o secretário precisa assinar as requisições. Antes, bastava o aval da chefe do departamento do Ministério da Justiça responsável por extradiçãoes.
Cerca de 20 dias depois de ter feito declarações extremistas nessa mesma igreja evangélica de Orlando no último dia 7, Allan dos Santos foi visto no enterro do polemista Olavo de Carvalho na última terça-feira (25/1), no estado da Virginia. O embaixador brasileiro, Nestor Foster, e o ex-chanceler Ernesto Araújo também estavam presentes. Metrópole
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