“Acredito que
exista uma certa identidade entre o MDB e o PT local”, afirmou o deputado
estadual Bernardo Amorim (MDB), ao se revelar favorável à aliança entre o MDB e
o PT no Rio Grande do Norte, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta
quinta-feira, 16. Para o parlamentar, há um desejo do partido em colaborar com
o RN e com o atual governo e, embora tenham ocorridos problemas entre os
diretórios nacionais dos partidos no passado, há um interesse da direção
estadual do MDB em fazer a aliança, a qual ele concorda plenamente.
“As conversas
têm sido frequentes, embora tenham resistências por parte de alguns membros do
PT, que não viram essa aliança com bons olhos. Mas, o governo está pesando e
medindo os prós e os contras e a gente espera que, até o final do ano, tenhamos
uma definição em relação a isso”, explicou.
O emedebista
explicou que acompanha o desenho desta aliança desde a primeira conversa, que
ocorreu na presença do ex-presidente Lula, em um jantar do qual ele participou,
juntamente com Gleisi Hoffmann, Garibaldi, Walter e Raimundo Alves, em agosto
passado. E que o secretário-chefe da Casa Civil do RN, Raimundo Alves, é o
principal articulador dessa aliança entre as duas siglas.
“As conversas têm sido, ao meu ver, muito mais com o chefe do gabinete civil”,
destacou. Em entrevista recente ao AGORA RN, o secretário-chefe disse que, “a
chapa majoritária não se discute sem envolver todos os componentes do projeto,
que, no nosso caso, incluem outros partidos que estamos conversando como MDB,
por exemplo”.
Sobre a
possibilidade do MDB indicar o vice-governador na chapa com Fátima, Bernardo
afirmou que existem negociações e conversas e que a indicação seria o nome de
Walter Alves para ser o vice. “Acho que é uma reivindicação justa, porque o
MDB, pela musculatura e capilaridade que tem, é óbvio que, em uma aliança
política, queira ocupar espaço, isso faz parte da política. Há um desejo, me
parece de Walter Alves, que Garibaldi seja candidato a deputado federal”.
O deputado minimizou a crise que o governo de Fátima Bezerra enfrenta no Estado, sobretudo, na área da saúde pública, “o caos na saúde não é só a nível de Rio Grande do Norte e sim do Brasil. É o subfinanciamento da saúde que, para se ter uma ideia, a tabela SUS faz 20 anos não tem aumento. Acabou criando-se um gargalo na saúde. Mas o governo tem tentado avançar e, inclusive na área das cirurgias eletivas, teve importante avanço. Está ocorrendo cirurgias eletivas em todas as regiões do Estado”, defendeu.
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