Se não começar a desengavetar os inquéritos de Jair Bolsonaro, Augusto Aras pode dar adeus ao sonho de virar ministro do Supremo. Antes elogiado por sua conduta no enterro da Lava Jato, agora o PGR é alvo de críticas públicas de ministros, como Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Edson Fachin, que usaram decisões recentes para atacá-lo.
Entre os recados, segundo a Folha, os magistrados dizem que pareceres do PGR e de sua equipe geram “perplexidade”, que o chefe Procuradoria não pode assumir papel de “espectador” e chegaram a emitir nota para afirmar que o órgão não havia se manifestado após provocação da Corte.
“Um ofício assinado pelo procurador-geral, em que solicita ao tribunal a fixação de prazos maiores para suas manifestações, foi alvo de críticas nos bastidores do STF, por ser considerado um pedido incomum e despropositado.”
Luiz Fux enviou cópia do documento aos gabinetes, mas nenhum prazo regimental foi alterado após o pedido do procurador-geral.
“Dentro da corte, havia uma leitura de que, após a recondução no cargo, Aras poderia se tornar mais independente em relação presidente Jair Bolsonaro. A avaliação, no entanto, é que isso não tem se confirmado, mas esse cenário pode mudar caso o Senado aprove o nome de André Mendonça a uma vaga no STF, pois isso eliminaria as chances de Aras ser escolhido para a corte pelo atual chefe do Executivo neste mandato.”
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