Um dos irmãos de Kesia Stefany da Silva
Ribeiro, de 21 anos, relatou ao BNews que
a relação dela com o advogado criminalista, Luiz Meira, foi marcada por brigas
com agressões e que este ano ela já teria sido levada para um hospital por ele
com um ferimento no pé causado por uma discussão.
“Ele não tinha
controle no momento da raiva, os dois brigavam. No ano passado ela acabou
rasgando o pé, eu estava presente e quando começou a sangrar, ele simplesmente
mudou o comportamento, começou a chorar e fomos levar ela para a emergência do
Hospital Geral do Estado (HGE)”, explicou o familiar, que prefere o anonimato
com medo de represália.
O homem disse
que depois desse episódio se afastou e nunca mais retornou à casa do
criminalista por reprovar o comportamento e estar cansado das brigas do casal,
causadas especialmente por ele mexer no celular dela. “Fiquei com medo, ninguém
entendia esse ciúme doentio e parei de ir. Que adianta ir para aquele lugar em
frente ao mar, com piscina e não ter paz?”, questionou.
À reportagem, o
irmão disse que acontecia traição de ambos os lados, o que aumentava cada vez
mais as desconfianças e brigas, no entanto, não se largavam.
Vistos no show de Zé Vaqueiro, no último sábado,
em uma barraca de praia, horas antes do feminicídio, o familiar reforçou que os
conflitos ocorriam muito em virtude do consumo de álcool e eles chegavam a
trocar socos.
“Ela sempre voltava para ele, quando
terminavam. Ele saía de Salvador e ia para Feira de Santana buscá-la, conhecia
nossa família, mas também deixou de vir quando em uma das brigas na nossa casa,
ele saiu queimado, pois ambos saíram sangrando. Então, ela só ia para a capital
e implorava para que eu ou um outro irmão nosso fôssemos com ela, dizia que
tinha medo de ficar sozinha com ele”, lamentou.
O irmão
afirma não acreditar em tiro acidental e classifica a forma em
que o disparo aconteceu como intencional em um dos “surtos” de
raiva dele. “Já sabia que isso iria acontecer uma hora, ela já era independente
e, por mais que a gente desse conselho, ela tinha liberdade para fazer o que
queria, ficando com ele mesmo com agressões. No fundo, era previsível isso
acontecer. Ele deu um tiro embaixo do queixo, atravessou o crânio, ela está com
a mandíbula toda quebrada, isso não é acidental”, crava.
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