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* Nos 20 anos do 11 de Setembro, cerimônia deve irradiar união volátil em país dividido.

 Às 8h46 locais deste sábado (11), familiares de 2.977 vítimas começarão a ler os nomes de todos os mortos no maior ataque terrorista em solo americano, na data que marca os 20 anos do 11 de Setembro. Será o primeiro de vários eventos pelo país.

Por 102 minutos, o tempo transcorrido entre o primeiro avião atingir a torre norte do World Trade Center e este prédio desabar, após o colapso da torre sul, Nova York irradiará um momento de união volátil em um país cada vez mais dividido.

A polarização política, fruto de anos de distanciamento do centro dos partidos Democrata e Republicano e da radicalização do segundo, exacerbada pela trágica passagem de Donald Trump pela Presidência americana (2017-2021), dá seus frutos também na pandemia.

Apesar de contar com vacinas contra a Covid suficientes para inocular três vezes sua população inteira de 328 milhões de pessoas, os Estados Unidos estacionaram nos 54% dos vacinados com o esquema completo e nos 63% com uma dose —no Brasil, aos trancos e barrancos e com o boicote do governo federal, os números são respectivamente de 33% e 66%.

São 658 mil mortos em decorrência do coronavírus (ante 585 mil no Brasil). Só na cidade de Nova York, a semana de 5 de abril de 2020, a mais letal até agora, matou 5.319 residentes, ou quase duas vezes os mortos no World Trade Center.

Tragédias.
Folha

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