Um homem foi encontrado morto no fim da tarde dessa
segunda-feira (27), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha à
sul-mato-grossense Ponta Porã. Esta foi a quarta execução na região de
fronteira entre Brasil e Paraguai, desde sábado (25). Ninguém foi preso.
Segundo Marcos Pietro,
médico legista que atendeu à ocorrência, o corpo apresentava indícios de ter
sido torturado poucas horas antes de ter sido jogado no local onde foi
encontrado.
Ele tinha um corte profundo no peito e sem rigidez cadavérica.
Não portava documentos pessoais e a suspeita é que seja brasileiro, pois não
consta no sistema paraguaio cidadão com características físicas dele.
Junto ao corpo foi encontrado um bilhete escrito à mão: "Nois do Crime estamos deixando claro, que não iremos mais admitir covardias cometidas por esses Justiceiros seja lá quem for. ASS: CRIME".
4, desde sábado
Outros três homens já tinham
sido executados na fronteira entre o Brasil e Paraguai em
menos de 48 horas. Por ordem cronológica dos óbitos, Rógerio Laurete Buosi, de
26 anos, Jorge Ortega, 28, e o ex-vereador de Ponta Porã, Joanir Subtil Viana,
53, foram atingidos com 9 tiros, ao menos, cada um. A polícia investiga se há
alguma ligação entre as três mortes.
Mortes com essas características já ocorreram no passado e mais
recentemente na região, que é uma das mais violentas no estado, além de ser
corredor para crimes como tráfico de armas e de drogas. Em vários casos, os
suspeitos deixavam bilhetes assinados como suposto grupo de extermínio
autointitulado justiceiros.
Entre as vítimas, Mateo Martínez Armoa, de 21
anos, e Anabel Centurion Mancuelo, de 22. O casal foi executado
com mais de 47 tiros em uma choperia na cidade de Pedro Juan Caballero.
(Assista ao vídeo acima e entenda o caso.) Horas antes do crime, os dois
trocaram declarações de amor nas redes sociais (leia os posts aqui).

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