Casa de Bolsonaro
foi registrada como endereço de funcionários fantasmas de Carlos
Uma casa do
presidente Jair Bolsonaro foi registrada como endereço de ao menos quatro
pessoas apontadas como funcionários fantasmas do gabinete de Carlos Bolsonaro,
vereador no Rio de Janeiro e filho do presidente. A informação é do jornal
Folha de S. Paulo desta segunda-feira (13).
Os quatros suspeitos de integrarem o
esquema de corrupção disseram à Receita Federal e à Câmara Municipal do Rio de
Janeiro que viviam no endereço registrado em nome do atual presidente. O dado
consta nos autos da investigação do Ministério Público que apura as rachadinhas
no gabinete de Carlos.
O endereço apontado fica na Barra da
Tijuca e foi comprado por Jair Bolsonaro em 2002 junto com a ex-esposa Ana
Cristina Siqueira Valle, que supostamente coordenava o esquema criminoso na
família até ser descoberta a traição que levou ao fim o relacionamento entre os
dois.
O local foi vendido em 2009 por Jair
após a separação, mas constou como residência principal do atual presidente em
ao menos duas ocasiões, entre 2002 e 2006, segundo uma escritura e também
conforme a declaração de campanha à Justiça Eleitoral, quando Bolsonaro disse
morar neste local.
Esse mesmo endereço consta em cadastros
de Gilmar Marques, ex-cunhado de Ana Cristina; André Luís Procópio, irmão de
Ana Cristina; Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina; e Marta da Silva
Valle, cunhada de Ana Cristina. Todos são investigados pelo MP e apontados como
funcionários fantasmas do gabinete de Carlos em períodos semelhantes ao que
Bolsonaro disse moral no local.
Segundo os autos de investigação,
nenhum dos investigados morava no Rio de Janeiro enquanto estiveram nomeados no
gabinete do vereador. André Luís e Andrea viviam em Resende e Gilmar e Marta
viviam em cidades de Minas Gerais.
Há ainda outro caso suspeito que liga o
presidente ao esquema. Cileide Barbosa Mendes, ex-babá de Renan Bolsonaro, também
é apontada como funcionária fantasma de Carlos e, enquanto esteve nomeada no
gabinete do vereador, abriu três empresas, em todas em todas utilizou como
endereço o escritório de Jair Bolsonaro.
Todos os citados tiveram seus sigilos quebrados recentemente. Procurados, nenhum dos envolvidos se manifestou ao jornal.
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