O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, determinou nesta segunda-feira, 16, que as plataformas Facebook, Instagram, Twitch, Twitter e YouTube suspendam o repasse de dinheiro oriundo de monetização a canais investigados por suposta disseminação de “notícias falsas” sobre as eleições no Brasil. Os canais de apoio ao presidente Jair Bolsonaro são vistos como principais alvos por defenderem o voto impresso auditável, fato considerado pela esquerda como “ataques” ao sistema atual. As denúncias de Bolsonaro sobre as urnas, por exemplo, são taxadas como “fake”, mesmo com a apresentação de documentos.
Para o jornalista e advogado, Júnior Melo, essa é uma forma de “calar” à direita, pois os sites bolsonaristas já se sustentam com recursos oriundos do próprio trabalho e não de apadrinhamentos políticos.
“Eles já não tem ajuda de ninguém”, contou.
A decisão atende a pedido da delegada Denise Dias Rosas, da Polícia Federal, que investiga “ataques” ao sistema eleitoral. A corporação identificou uma engenharia supostamente criminosa que, de acordo com as investigações, transformou a divulgação das notícias falsas sobre as urnas em negócio.
Segundo a decisão, os valores que seriam repassados pelas plataformas a esses canais ficarão indisponíveis e serão depositados em uma conta judicial até o fim das investigações. Os canais seguem no ar, entretanto.
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