A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado irá ao Tribunal Penal Internacional de Haia contra a médica Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde conhecida por opositores ao governo federal como “Capitã Cloroquina”, por crime de lesa-humanidade. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Segundo a coluna, senadores avaliam que há provas de que Mayra “usou a população de Manaus como como cobaia para experimentos científicos com a cloroquina”, que não tem eficácia comprovada contra a covid.
De acordo com os senadores, Mayra cometeu crime contra a humanidade ao dirigir a ação do Estado para promover o uso de medicamentos prejudiciais aos manauaras.
A reportagem afirma que Renan Calheiros já decidiu com os demais senadores que compõem o G7 (grupo de 7 senadores que têm maioria na CPI) que a acusação será feita à instância internacional.
Mayra Pinheiro é secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, e responsável pelo TrateCov, aplicativo do ministério que receitava cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento precoce contra a covid-19.
A secretária confirmou que foi responsável pela organização de uma comitiva de médicos que foi ao Amazonas para difundir o uso da cloroquina como tratamento contra a covid-19. A viagem foi realizada em janeiro, dias antes do colapso do sistema e da crise de falta de oxigênio.
Mayra Pinheiro falou à CPI durante 7h no dia 25 de maio de 2021. Em seu depoimento, defendeu o uso da cloroquina e do tratamento precoce contra a covid e disse nunca ter recebido ordens nem da cúpula do Ministério da Saúde, nem do presidente Jair Bolsonaro para defender a disseminação do medicamento.
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