O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica em processo no Ministério Público do Trabalho (MPT). A ação é baseada nos depoimentos de 16 servidores e ex-funcionários da Fundação que alegam ter passado por humilhação e terror psicológico.
De acordo com matéria divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (29/8), a investigação começou a partir de denúncias do movimento negro no Brasil, que pressiona pela saída de Camargo desde que ele assumiu o cargo.
No documento da ação protocolada no MPT, existem exemplos de frases que ele usava com os funcionários. Segundo os depoimentos, ele chamava as pessoas aos gritos e falava coisas como “esses homens que têm esses cabelos altos e são das periferias são todos malandros” e “cabelo típico de aparência de esquerdista”.
Além disso, segundo a reportagem, ele costumava exaltar a “necessidade de se cassar esquerdistas” e que um dos diretores que ele contratou era um “direita-bundão”, por não ter coragem de mandar esquerdistas embora.
De acordo com o MPT, a situação provocou doenças mentais na equipe que trabalhou com ele. Os relatos incluem desenvolvimento de ansiedade e síndrome do pânico, além dos servidores concursados que solicitaram a saída da Fundação Palmares.
Ainda de acordo com a reportagem, Sérgio Camargo responde a mais de 30 processos, mas não se importa. “Ri e zomba do fato”, alegam os depoimentos. O presidente da Palmares ainda teria dito que nada aconteceria com ele por ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O processo solicita que ele seja afastado do cargo de presidente, mas também que pague indenizações por danos morais, no valor de até R$ 200 mil.
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