Em ação de improbidade, o MPF no Paraná acusa Ricardo Barros de ter praticado tráfico de influência em órgãos municipais e estaduais e destinado verba pública de emendas parlamentares para favorecer empreendimento imobiliário em que teria participação. Cida Borghetti, mulher e sócia de Barros no negócio, também é investigada.
A informação é da Folha.
“A investigação do caso do empreendimento imobiliário teve início com base em reportagem da Folha de fevereiro de 2017 que revelou que Barros comprou metade de um terreno no valor de R$ 56 milhões apesar de ter patrimônio de R$ 1,8 milhão declarado à Justiça eleitoral. À época, Barros disse à reportagem que fez um empréstimo de R$ 13 milhões de seu sócio na transação, a empresa do setor imobiliário Paysage Marialva Empreendimentos, para bancar a aquisição do imóvel no ano de 2014 em Marialva (PR). Na ocasião, ele ocupava o cargo de secretário de Indústria e Comércio do Paraná e foi candidato a deputado federal.”
Segundo o jornal, eleito deputado em 2015, ele apoiou, por meio de um requerimento, a liberação de R$ 450 milhões de emenda da União para a construção da obra rodoviária Contorno Sul da região metropolitana de Maringá, que fica a 3 km do imóvel.
A representação do MPF foi aberta em 2019 e as investigações ainda estão em curso.
Em nota, o casal negou qualquer irregularidade e disse que a Justiça reconheceu como legítimas as operações imobiliárias.
“A Justiça Federal, em decisão de dezembro de 2020, considerou manifestamente improcedente a acusação de tráfico de influência e rejeitou ação. O Ministério Público Federal não possui competência sobre os demais temas abordados. Não houve irregularidade alguma e o deputado Ricardo Barros repudia, mais uma vez, o ativismo político do Ministério Público.”
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