A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, decidiu na sexta-feira, 23, passar para seu colega de corte, Dias Toffoli, a missão de analisar a ação que obriga o presidente Jair Bolsonaro a apresentar provas de que houve fraude nas eleições de 2018.
Rosa Weber é a responsável por atender as urgências que chegam ao STF durante o recesso, mas ela entendeu que ação pode ser analisada pelo relator original do caso em agosto — quando a corte retornar. A interpelação judicial é para esclarecer se as declarações de uma parte são ofensivas, o que pode gerar uma ação na justiça.
Mas, na interpelação, Bolsonaro não é obrigado a apresentar esclarecimentos. O presidente defende o voto impresso auditável e criticou diversas vezes as urnas eletrônicas.
Ontem, a apoiadores, ele disse que há dificuldades para a aprovação da matéria. “Estava pronto e, de repente, o Barroso foi para dentro do Congresso. Trocaram as posições dos seus representantes. Qual o interesse dele? Tinha que ser o primeiro a falar que o voto impresso é mais uma segurança. Me dá um motivo qualquer para não ter. Dinheiro quem trata sou eu, não é ele.” O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, reforça que as urnas eletrônicas são seguras, transparentes e já auditáveis.
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