Em reunião no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (7), ministros e assessores presidenciais pediram a senadores governistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que não deixassem o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, abandonado e à mercê dos oposicionistas em seu depoimento na comissão.
A CPI da Covid visa
apurar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia. Roberto Dias
prestou depoimento à Comissão nesta quarta-feira (7) e saiu da CPI acompanhado pela Polícia Legislativa. Na
mesma noite, o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde pagou uma fiança de R$ 1,1 mil e foi liberado.
Segundo participantes,
estavam na reunião no Planalto os ministros Luiz Ramos (Casa
Civil) e Onix Lorenzoni (Secretaria Geral), o ex-ministro da
Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário-executivo da pasta
Élcio Franco.
O líder do governo na
Câmara, Ricardo Barros, também participou, em uma demonstração de
que a guerra interna na Saúde que transparece nos relatos e provas que chegam à
CPI não transbordou para outras áreas do governo.
Ao longo da quarta,
rumores de que Dias teria um dossiê contra ex-chefes no Ministério da Saúde se
espalharam entre integrantes da CPI, que viu na defesa do ex-diretor de
logística por governistas um sinal de que o material pode mesmo existir e
atingir a gestão Bolsonaro.
O blog ouviu o relatos
de que representantes do Planalto disseram aos senadores que se arrependem de
ter exonerado Dias rapidamente depois da denúncia de propina e que anunciar uma
investigação, com afastamento, teria sido mais apropriado.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon