Thayna de Oliveira Ferreira, babá do garoto Henry Borel, pode responder pelo crime de falso testemunho. Quatro meses após a morte de Henry, ocorrida no dia 8 de março, a Justiça autorizou que provas do inquérito sobre a morte do garoto de quatro anos sejam compartilhadas para a investigação que apura o crime cometido pela babá.
A decisão foi tomada pela juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri. Até o momento, Jairo Souza Santos, o DR. Jairinho, e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry, estão presos pelo crime.
A chance de condenação dos dois é muito grande.
No inquérito presidido pelo delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, dezenas de pessoas foram ouvidas. Thayna foi uma delas.
A babá de Henry mentiu no primeiro depoimento, prestado no dia 24 de março.
Ela omitiu informações, como a de que sabia que Jairinho agredia o garoto.
No dia 12 de abril, a babá voltou à delegacia e prestou novo depoimento, após mensagens dela para Monique serem divulgadas. O objetivo era retificar o primeiro, mas nesta oitiva também houve mentiras e omissões por parte de Thayna.
Falso testemunho é crime
Mentir em depoimento à polícia é crime. De acordo com o artigo 342 do Código Penal Brasileiro, a pena pode variar de dois a quatro anos, além de multa.
O inquérito da polícia mostrou que Thayna mentiu ao dizer que as agressões que testemunhou de Jairinho contra Henry em fevereiro haviam sido as primeiras.
Além disso, em mensagem no celular ela conta a um interlocutor que recebeu R$ 100 de Jairinho para “ficar quieta”.
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