As escolas da rede pública do Rio Grande do
Norte voltarão às atividades presenciais na próxima segunda-feira (19), porém
com acolhimento de professores e pais, para planejamento da retomada, segundo a
Secretaria Estadual de Educação.
Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta
sexta-feira (16), o secretário Getúlio Marques, afirmou que os alunos deverão
voltar às salas de aula no dia 26 de julho.
Segundo o secretário, da próxima segunda (19) até a sexta-feira
(23), as escolas deverão se organizar e conversar com os pais para saber quais
alunos voltarão ao ensino presencial. Segundo o secretário, os responsáveis que
não quiserem enviar seus filhos por temerem contaminação pela Covid terão a
decisão respeitada.
Ainda de acordo com ele, o período também será utilizado para
que os professores estudem as metodologias que serão aplicadas e as
instituições preparem a merenda escolar de acordo com a quantidade de alunos,
por exemplo.
As aulas deverão ser retomadas com um terço dos alunos nas aulas
presenciais. No caso de uma turma com 30 estudantes, por exemplo, as escolas
poderão se organizar para que um grupo de 10 alunos tenha aula presencial a
cada semana.
"Dia 26 teremos as primeiras turmas de alunos, com os
alunos do ensino fundamental dos anos iniciais, de 1º a 5º ano, e da 3ª série
do ensino médio. E a cada 14 dias nós vamos acrescentando outros grupos - 6º e
7º série e alunos da 2ª série do ensino médio. E 14 dias depois, 8º e 9º ano e
1ª série do ensino médio", afirmou.
De acordo com o secretário, as 586 escolas da rede estadual já
estão com as materiais de prevenção e higiene providenciados, além de medidas
de distanciamento. Porém, ele afirmou que "de 15 a 20 unidades" ainda
contam com problemas estruturais, que a secretaria vem tentando resolver.
Ameaça de greve
O secretário de Educação do RN também falou sobre a decisão
do sindicato dos professores de
recorrer à Justiça contra a retomada das aulas presenciais até
que toda a categoria tenha tomado as duas doses de vacina contra Covid-19.
"A gente respeita a posição do sindicato, mas não concorda", pontuou.
O secretário apontou que o acordo realizado em 2020 era de que
as aulas seriam retomadas com o aval da ciência, quando houvesse taxa de
transmissibilidade abaixo de 1 e taxa de ocupação de leitos abaixo de 70%.
Getúlio ainda afirmou que o governo ainda resistiu a "muitas pressões" para só retomar as aulas dentro dessas condições e declarou que a governadora foi uma das principais lideranças nacionais a pressionarem pela inclusão dos profissionais de educação nos grupos prioritários de imunização. De acordo com ele, mais de 80 mil profissionais já tomaram pelo menos a primeira dose.
"Eu faço até um apelo. Diversas categorias trabalharam.
Nós somos servidores públicos. Muitos foram para a linha de frente sem nem ter
vacina. E acho que é hora da gente também enfrentar. Falo de policiais,
profissionais de saúde, jornalistas... Respeito a posição do sindicato, mas há
uma posição de governo, e nós gostaríamos que todos possam voltar
às atividades", afirmou.
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